O Governo equato-guineense criticou uma petição do Partido Popular (PP), de origem espanhola, que exige à liderança de Espanha que apoie a oposição democrática da Guiné Equatorial e condene o regime do Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que está no poder desde 1979.
“É uma expressão clara da diplomacia hostil que o Partido Popular espanhol tem vindo a desenvolver em relação à Guiné Equatorial, dentro ou fora do Governo de Espanha, e um estímulo à continuidade e ao reforço da ingerência nos assuntos internos do nosso país por parte dos órgãos do Estado espanhol”, afirmou o gabinete de Informação e Comunicação Diplomática da Guiné Equatorial através de um comunicado divulgado neste domingo, 16 de junho.
“A existência da oposição não requer qualquer ação estrangeira para procurar visibilidade, como sugere o Partido Popular espanhol”, refere ainda o documento.
Neste sentido, o gabinete acusa o PP de tentar apoiar “fugitivos da justiça equato-guineense condenados pelo envolvimento direto em crimes graves de rebelião, terrorismo ou o seu financiamento, com o objetivo de desestabilizar a Guiné Equatorial através de meios anticonstitucionais”.
Foi igualmente deixada a acusação de que o golpe de Estado falhado de 2004 na Guiné Equatorial “foi organizado em Espanha com o apoio e o financiamento, entre outros, do Governo espanhol presidido na altura por José María Aznar, simultaneamente presidente do Partido Popular”.
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