Os músicos Sara Tavares e Bana serão homenageados a título póstumo, com a entrega da Medalha de Mérito Cultural de Lisboa às respetivas famílias, pelo presidente da autarquia, Carlos Moedas, e o cantor Dani Silva também receberá a medalha de mérito cultural da cidade durante o espetáculo, conforme o alinhamento anunciado pela Câmara Municipal.
‘Morabeza em Lisboa’, que se apresenta como “cerimónia de celebração e homenagem à música e músicos de Cabo Verde”, recorda expressões locais como o funaná, a morna e a coladera, que entraram pela vida da capital portuguesa e influenciaram gerações através de compositores e intérpretes como Titina Rodrigues, Bana, Cesária Évora, Sara Tavares, Celina Pereira e Dani Silva, Francisco Xavier da Cruz (B.Leza), Manel de Novas, Dionísio Maio, Faria Junior e Baptista Dias.
Ao longo do espetáculo serão ouvidas canções e temas instrumentais vindos desses autores como ‘Traz d’Horizonte’ e ‘Velocidade’, por Nancy Vieira, ‘Catatau’ e ‘Cise’, de homenagem a Cesária, por Cristina Clara, ‘Nho Manel’, por Leonel Almeida, ‘Tunga Tunguinha’, por Mario Marta, ‘Mar Azul’ e ‘Carnaval de S. Vicente’, por Cremilda Medina, ‘Cabo Verde na coração’ e ‘Ponto de Luz’, um dos maiores êxitos de Sara Tavares, por Kady, e ‘dam bo’, também de Sara Tavares, por Hilar.
O segmento final do espetáculo incluirá vários temas interpretados por Dani Silva, como ‘Cumpad mantin’, ‘Nha Mudjer’, ‘Lua’ e ‘Crioula de S. Bento’, culminando com o funaná ‘Sol de manhã’, de Paulino Vieira, com todos os cantores em palco.
“A música de Cabo Verde, marcada por uma exuberante diversidade de ritmos e estilos, é um reflexo vibrante da herança cultural intrincada do arquipélago”, lê-se na apresentação de ‘Morabeza em Lisboa’, que adota a expressão de atenção, afabilidade, delicadeza e gentileza, que provém do crioulo.
“Titina Rodrigues, Bana, Cesária Évora, Sara Tavares, Celina Pereira e Dani Silva desempenharam papéis fundamentais na difusão dessas melodias além-mar, especialmente em Lisboa, onde muitos estabeleceram residência”, lê-se no texto da folha de sala, que recorda “a interpretação autêntica da coladeira e da morna” por Titina, a música de “Bana, o aclamado ‘Rei da Morna’, [que] elevou as melodias nostálgicas a novos patamares”, e Cesária Évora, “a inesquecível ‘Diva dos Pés Descalços’, [que] conquistou fama internacional com sua voz singular e emotiva”, constituíndo-se como “um ícone da música cabo-verdiana”.
Sara Tavares, “com sua fusão de influências tradicionais e contemporâneas”, e Celina Pereira, com as “valiosas contribuições educacionais e musicais, enriqueceram a cena musical lisboeta”, assim como Dani Silva, que “trouxe uma abordagem inovadora e moderna aos sons de Cabo Verde, consolidando a presença e a influência da música cabo-verdiana tanto na capital portuguesa quanto no cenário global”.
A direção artística do espetáculo é do regente e pianista Humberto Ramos, à frente de uma banda composta por Djudjuty (cavaquinho), Emilio Lobo (bateria), Jair de Pina (percussão), Vaiss Dias (guitarra), Luciano Vasconcelos (baixo), Daniel Vinagre (saxofone), João Vinagre (trompete) e Tó Barbosa (violino).
O início de ‘Morabeza em Lisboa’ está marcado para as 21h00 de terça-feira, 30 de julho, no teatro Capitólio, em Lisboa.
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