A motivação por trás do uso indevido de drogas para obesidade

Recentemente, o foco da saúde pública tem sido direcionado para novas soluções farmacológicas no combate à obesidade. Em meio a este cenário, a Universidade de São Paulo (USP) vem estudando o impacto das drogas análogas das incretinas, que regulam o metabolismo da glicose, especialmente no que tange o uso indevido por indivíduos não obesos.

O professor Bruno Gualano, do Centro de Medicina do Estilo de Vida, destacou o potencial desses medicamentos na revolução do tratamento da obesidade e no tratamento do diabetes tipo 2. Segundo ele, a utilização dessas substâncias pode representar um grande avanço, dada a crescente necessidade de lidar com o sobrepeso, que pode afetar significativamente mais de um bilhão de pessoas até 2030.

A motivação por trás do uso indevido de drogas para obesidade

Como funcionam as drogas incretinas no corpo?

Essas drogas, segundo explicações acadêmicas, funcionam através da estimulação de hormônios gastrointestinais, como o GLP1, que são essenciais na promoção da saciedade após as refeições. O mecanismo não só auxilia na redução do apetite, mas também traz melhorias em vários parâmetros cardiometabólicos relacionados à obesidade. As incretinas atuam também regulando os níveis de glicose no sangue após as refeições. Ao estimular a secreção de insulina, elas auxiliam no controle glicêmico, especialmente após a ingestão de alimentos.

Por que pessoas não obesas estão usando essas drogas?

Uma intrigante questão surge com o alto consumo dessas medicações por indivíduos que não apresentam indicações clínicas para tal. De acordo com o professor Gualano, este fenômeno pode estar associado ao desejo de escapar do estigma social que envolve o peso corporal. Além de questões estéticas, a discriminação pode afetar significativamente vários aspectos da vida social e profissional das pessoas.

Impacto social e cultural do uso de drogas para Obesidade

O Centro de Medicina do Estilo de Vida (CMEV) também analisa como a cultura do sedentarismo e o consumo de alimentos industrializados contribuem para o aumento da obesidade, uma condição que é simultaneamente promovida e rejeitada pela sociedade. Esta dualidade reforça a complexidade do problema da obesidade e a necessidade de abordagens multidisciplinares para seu tratamento.

Em sua conclusão, Gualano reforça que apesar do uso indevido de tais medicamentos por algumas pessoas, os estudos buscam aprofundar o entendimento sobre as motivações por trás desse comportamento. A ideia é proporcionar uma orientação mais eficaz e consciente para quem os utiliza sem necessidade clínica.

Quais são os riscos do uso de incretinas de forma indevida?

O uso indevido de incretinas por pacientes não obesos pode levar a diversas consequências negativas, como:

  • Hipoglicemia: Queda excessiva dos níveis de glicose no sangue, podendo causar sintomas como tontura, fraqueza,tremores e até mesmo perda de consciência.
  • Problemas gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia e constipação são alguns dos efeitos colaterais gastrointestinais mais comuns do uso indevido de incretinas.
  • Pancreatite: Em casos raros, o uso indevido dessas drogas pode levar à inflamação do pâncreas, uma condição séria que requer tratamento imediato.
  • Riscos cardiovasculares: Estudos recentes sugerem que o uso indevido de incretinas em pacientes não obesos pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.

Conclusão

As novas drogas para obesidade representam uma promessa no combate a este problema de saúde global. Contudo, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado para evitar implicações desnecessárias.

Lembre-se:

O uso indevido de incretinas por pacientes não obesos pode trazer diversos riscos à saúde. Converse com seu médico sobre as melhores opções de tratamento para o seu caso e siga as orientações profissionais para controlar a obesidade de forma segura e eficaz.

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.