A Rede Oeste Africana para a Edificação da Paz (WANEP-GB), por meio do seu Grupo Nacional de Resposta Eleitoral, alertou para o risco de violência eleitoral na Guiné-Bissau e destacou medidas essenciais para garantir um processo eleitoral pacífico no país.
A organização sub-regional apresentou publicamente, nesta quarta-feira, 14 de Maio, um relatório sobre o processo eleitoral, fruto da monitorização pré-eleitoral realizada no âmbito do projecto regional “Monitorização, Análise e Mitigação da Violência Eleitoral” (E-MAM 2023-2026). Esta iniciativa abrange onze países da África Ocidental, incluindo a Guiné-Bissau, sob a coordenação da WANEP e com financiamento da União Europeia.
Em publicação nas redes sociais, a WANEP-GB detalhou os factores que podem desencadear episódios de violência eleitoral no período de Outubro de 2024 a Abril de 2025. Entre os principais riscos, a organização destaca a “fragilidade institucional”, evidenciada por crises de legitimidade nos órgãos do Estado – incluindo os poderes presidencial, legislativo, executivo, judicial e a Comissão Nacional de Eleições. O relatório também aponta para a ocorrência de violência pré-eleitoral, com ênfase nas restrições à liberdade e ao exercício dos direitos fundamentais, discursos de ódio, apelos à violência, divisões internas nos partidos, desacordo quanto à data das eleições e práticas de compra de votos durante a pré-campanha.
“Essas situações configuram um alto risco de tensão política e social, alimentando um clima de insegurança que afecta negativamente a vida política, económica e social do país”, alerta o relatório.
Diante desse cenário, o Grupo Nacional de Resposta Eleitoral da WANEP-GB, composto por organizações da sociedade civil, apela ao diálogo e ao consenso como caminhos para assegurar um processo eleitoral pacífico. A organização reafirma ainda a sua total disponibilidade para colaborar com parceiros nacionais, regionais e internacionais na busca pela paz e estabilidade na Guiné-Bissau.
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