Museu de Mértola – Cláudio Torres
De certa maneira, Mértola é o seu próprio museu. Dedicando algumas horas ao percurso histórico da vila, principalmente à sua ligação com a cultura islâmica, é possível explorar Mértola e assistir a uma inesquecível exposição ao ar livre. No entanto, o Museu Cláudio Torres, tomando o nome do arqueólogo que dedicou toda a sua carreira a esta bela localidade alentejana sobranceira ao Guadiana, organiza e une não só exposições de artefactos, como visitas aos próprios locais onde se realizam ainda hoje escavações. Contém, ao todo, 14 núcleos.
Espera-o, neste museu, uma longa viagem no tempo, mas curta no espaço porque tudo aqui está… concentrado. A riqueza histórica dos achados, cobrindo várias eras, é extraordinária. Um acervo romano, sinais das escavações que nos abrem portas para o período islâmico da vila ou uma lição de arquitectura paleocristã na Basílica de Mértola estão entre os principais pontos de interesse desta visita.
Existem ainda núcleos relacionados com a instituição espalhados por Mértola, como a Casa do Mineiro, que recria a habitação de um trabalhador das Minas de São Domingos em meados do século XX (as minas situam-se a pouca distância de Mértola), a Casa Romana, onde estão expostos vestígios desta civilização imperial, como vasos, moedas, ânforas e lápides funerárias, a Casa de Mértola, com uma sala e um quarto típicos de um habitante mertolense na década de 40 do século passado, ou o núcleo da Arte Sacra, com objectos artísticos religiosos e que se encontra na antiga igreja da Misericórdia. O castelo de Mértola é, claro, de visita obrigatória e costuma acolher várias exposições temporárias.
Outros museus arqueológicos de interesse que recomendamos são o de Arqueologia de Silves, com ênfase na vida muçulmana algarvia; o de Dom Diogo de Sousa, na cidade bracarense, contendo um excelente espólio romano; a Citânia de Santa Luzia, em Viana do Castelo, onde pode ver com os seus próprios olhos um excelentemente conservado castro dos primeiros tempos dos povos peninsulares; e o Museu da Escrita do Sudoeste, em Almodôvar, que mostra este misterioso código de comunicação, muito antigo na península, que ainda hoje suscita muita curiosidade aos mais interessados na nossa História.
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