Violência entre jovens sobe 12% em Portugal, pandemia e confinamento apontados como possíveis causas

País

Nas primeiras conclusões do relatório, o uso da internet e das redes sociais entre os mais novos é apontado como um “óbvio” caminho para o aumento da violência.

Os números não surpreendem quem trabalha todos os dias com jovens. Os dados provisórios do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) foram divulgados pelo Expresso e mostram uma subida de mais de 12% da violência entre jovens dos 12 aos 16 anos.

Foram feitas pouco mais de 2 mil participações às autoridades. Não é um recorde, mas tem vindo a subir desde a pandemia. Para o psicólogo Luís Filipe Gomes, o trauma global causado pela pandemia e pelo confinamento é uma das causas que justifica a subida, que obrigou os jovens (alguns em fases críticas do crescimento) a ficarem fechados em casa.

“O que é que se fez desde a pandemia até agora para ressignificar aquilo que viveram nesses dois anos? Nada, não se fez nada. E hoje em dia vamos regulando tanto e proibindo tanto que, a certa altura, temos explosões. E isso tem um preço nos chamados períodos de desenvolvimento, nas janelas críticas, e a adolescência é a mais importante delas todas”, defende o psicólogo, em entrevista à SIC.

Luís Filipe Gomes ainda destaca a necessidade de um maior envolvimento dos adultos, sejam pais ou professores.

Nas primeiras conclusões do relatório, o uso da internet e das redes sociais entre os mais novos é apontado como um “óbvio” caminho para o aumento da violência.

No relatório também está explícito que tem havido mais episódios de violência e assaltos junto a escolas, alguns nem sequer são denunciados. Tanto que as equipas da Escola Segura da PSP e da GNR falam num aumento de ocorrências. Foram mais de 7 mil no ano passado, um crescimento que tem sido constante, mais uma vez, desde a pandemia.

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