Violência de facções no Haiti leva a mais de 1,5 mil assassinatos em três meses

Pelo menos 1.1518 pessoas foram assassinadas e 572 ficaram feridas em confrontos de facções por controle de territórios nas áreas rurais e perto da capital haitiana, Porto Príncipe – Crédito: Escritório de Direitos Humanos/Marion Mondain

Uma série de ataques de facções criminosas e abusos de direitos humanos estão agravando a séria crise política, humanitária e de segurança pública do Haiti.


O Escritório de Direitos Humanos da ONU informou que pelo menos 1.518 pessoas foram assassinadas e 572 ficaram feridas em confrontos de facções por controle de territórios nas áreas rurais e perto da capital haitiana, Porto Príncipe.


Fogo cruzado e 1 milhão de fugas


As localidades de Kenscoff e Carrefour estão sob fogo cruzado intenso de grupos criminosos.


Segundo a Polícia Haitiana, quatro integrantes das forças de segurança também perderam a vida e quatro ficaram feridos.


A brutalidade extrema dos membros de facções está aterrorizando a população. No ano passado, 1 milhão de haitianos fugiram de suas casas para escapar da violência dos bandidos.


Nos últimos incidentes, eles executaram mulheres e crianças dentro de casa e alvejaram civis nas ruas que tentavam escapar incluindo uma criança pequena.


Crianças deslocadas pela violência de gangues no Haiti esperam na fila por comidaCrianças deslocadas pela violência de gangues no Haiti esperam na fila por comida – Foto: Unicef/Ralph Tedy Erol


O Escritório de Direitos Humanos da ONU recebeu relatos de que pelo menos sete mulheres e meninas foram vítimas de violência sexual.


Muitos lares foram saqueados e mais de 190 casas incendiadas nos ataques.


Polícia tentou frear violência, sem sucesso


Membros da Polícia Haitiana acompanhados pelas Forças Armadas do Haiti e pela Missão Multinacional de Apoio e Segurança estiveram na área após os primeiros ataques em 27 de janeiro, mas a violência recomeçou uma semana depois.


A localidade montanhosa de Kenscoff, no sul da capital Porto Príncipe, é um ponto estratégico e de vigilância da área de Pétion-Ville, que abriga várias instituições como bancos e embaixadas.


A violência também está sendo praticada por grupos de autodefesa e haitianos que não pertencem a nenhuma agremiação.

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