Violência afeta a educação em Moçambique: Universidade de Maputo sem aulas desde outubro

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Enviados SIC

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane – que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória – a exigirem a “reposição da verdade eleitoral”, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia.

Desde que começaram as manifestações e os cortes de estrada que dão acesso a Maputo que uma série de empresas e instituições estão quase paradas. É o caso da Universidade Eduardo Mondlane. A SIC visitou a escola de comunicação e artes onde, no curso de teatro, não há aulas desde outubro.

A vida das pessoas nos arredores de Maputo transformou-se “num inferno muito pior do que o inferno covid-19”, afirma Vítor Gonçalves, professor da universidade.

Os professores lamentam a situação que obrigou à interrupção das aulas, dos exames e dos vários trabalhos que estavam programados, nomeadamente a rodagem de filmes e a encenação de espetáculos.

11 mortos desde a investidura de Daniel Chapo

O número de mortos, em protestos de contestação dos resultados eleitorais, durante a tomada de posse do novo Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, subiu para 11, indica uma atualização feita esta quinta-feira pela plataforma eleitoral Decide.

Do total de mortes registadas na quarta-feira, seis ocorreram na cidade e província de Maputo, três em Nampula, um em Sofala e um em Inhambane.

Daniel Chapo foi investido, na quarta-feira, como quinto Presidente da República de Moçambique, o primeiro nascido já depois da independência do país, numa cerimónia com cerca de 2.500 convidados.

Em 23 de dezembro, Chapo, 48 anos, foi proclamado pelo Conselho Constitucional como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, nas eleições gerais de 9 de outubro, que incluíram legislativas e para assembleias provinciais, que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) também venceu.

Mondlane não reconhece resultados

O candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais, convocou três dias de paralisação e manifestações, desde segunda-feira, contestando a tomada de posse dos deputados eleitos à Assembleia da República e a investidura do novo Presidente da República.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane – que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória – a exigirem a “reposição da verdade eleitoral”, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia.

Com LUSA

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