VENOM: A tecnologia secreta do F-16 autônomo que pode revolucionar a guerra aérea – A verdade por trás da inovação que vai mudar o futuro do combate
A aviação militar está em constante evolução, e a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) acaba de alcançar um marco significativo em um dos seus projetos mais ambiciosos.
O programa VENOM (Viper Experimentation and Next-gen Operations Model), que visa transformar o F-16 Fighting Falcon em uma aeronave autônoma, deu um passo importante ao ter o último dos F-16s modificados para voar de forma independente.
Esse avanço foi registrado com a chegada da aeronave modificada à Flórida, em 1º de abril de 2025.
O objetivo do programa é testar e aprimorar sistemas autônomos avançados, como controle de voo automático e instrumentação inteligente, em um dos aviões de combate mais emblemáticos da aviação militar.
Este projeto inovador tem como propósito transformar o F-16 em um banco de testes de voo para tecnologias que podem ser aplicadas em futuras aeronaves de combate.
A tecnologia por trás do F-16 autônomo
Atualmente, três unidades do F-16 estão em processo de modificação na Base Aérea de Eglin, na Flórida.
Durante o processo, engenheiros militares estão integrando uma série de novos sistemas e recursos tecnológicos na aeronave.
Entre as mudanças estão a instalação de um acelerador automático, melhorias no controle de voo e novas configurações de instrumentação de bordo.
Esses sistemas avançados permitirão que o F-16 seja pilotado por um sistema autônomo inteligente capaz de controlar superfícies de empuxo e outros componentes essenciais para o voo.
A aeronave será capaz de tomar decisões em tempo real, com uma capacidade de adaptação a diferentes condições de combate.
De acordo com o Maj. Trent McMullen, chefe da divisão de capacidades avançadas do 40º Esquadrão de Teste de Voo, a modificação da aeronave é fruto de um projeto rigoroso e meticuloso, que está cada vez mais próximo de permitir testes reais da autonomia em um jato de caça com sistemas e capacidades de missão reais.
A autonomia no controle da aeronave é considerada um avanço que pode transformar o futuro da aviação militar, permitindo missões mais complexas e seguras, com menos dependência de pilotos humanos.
Treinamento e simulação: O processo de aprendizado da autonomia
Enquanto o F-16 autônomo está sendo modificado para realizar testes no mundo real, o software de autonomia está sendo treinado em simulações aceleradas.
Essas simulações acontecem em tempo real, mas de forma mais rápida, permitindo que o software seja exposto a uma ampla variedade de cenários de combate aéreo.
Isso inclui simulações de missões de combate um-a-um e dois-a-dois, que testam a capacidade de tomada de decisões sob pressão.
Esses testes são cruciais para que o sistema autônomo aprenda as táticas de combate aéreo e desenvolva a habilidade de responder a mudanças rápidas durante um confronto.
As simulações são uma ferramenta poderosa no treinamento do sistema de autonomia.
“Cada cenário pode ser executado milhares de vezes,” com o software estudando as variações nas decisões tomadas em cada missão.
A flexibilidade do sistema é essencial para garantir que ele possa operar de maneira eficiente, mesmo em condições inesperadas.
“Essas simulações são a chave para a evolução do sistema autônomo. Elas nos permitem testar e refinar as decisões táticas de combate aéreo, além de ensinar ao sistema comportamentos complexos, que seriam difíceis de realizar em um cenário de combate real,” explicou McMullen.
Testes de segurança e conectividade: Rumo à implementação
Uma das fases mais importantes do projeto envolve a realização de testes de software e hardware em ambiente de voo real.
A conectividade entre o sistema autônomo e a aeronave será cuidadosamente verificada para garantir que ambos funcionem de forma harmônica e segura.
É fundamental que os testes assegurem que os comandos autônomos não ultrapassem os limites de voo da aeronave, ou coloquem o piloto em qualquer situação de risco.
A segurança é uma prioridade absoluta neste projeto, já que a autonomia não pode comprometer a segurança operacional da aeronave ou a vida do piloto em missões mais arriscadas.
Esses testes de conectividade também visam garantir que o sistema de controle autônomo não falhe durante uma missão, sendo capaz de ajustar a dinâmica de voo para condições imprevistas, sem interferir em outros sistemas críticos da aeronave.
O impacto da autonomia na aviação militar
O desenvolvimento de aviões autônomos representa um grande avanço para a aviação de combate moderna, com enormes implicações para o futuro das forças armadas.
Se os testes de autonomia forem bem-sucedidos, o uso de F-16s autônomos pode abrir caminho para aviões de combate que operam de maneira independente, podendo realizar missões de alto risco sem expor pilotos humanos.
Isso também pode reduzir os custos operacionais, já que a presença de um piloto não será mais necessária em todas as missões, permitindo uma maior flexibilidade e eficiência.
Além disso, a autonomia no controle dos aviões de combate pode mudar a dinâmica das operações militares, permitindo que as forças aéreas realizem missões mais rápidas e coordenadas.
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