A campanha para as eleições regionais e parlamentares de 25 de maio na Venezuela começou nesta terça-feira 29 com atos organizados por apoiadores do governo de Nicolás Maduro e alguns dirigentes da fragmentada oposição.
Mais de 50 partidos, em sua maioria alinhados ao chavismo, participam da disputa segundo o órgão eleitoral, mas a principal aliança opositora, a Plataforma da Unidade Democrática, convocou um boicote após denunciar fraude na reeleição de Maduro em 28 de julho passado.
No entanto, uma minoria de membros dessa aliança, liderada pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles, participará das eleições.
“Nesta terça-feira 29 de abril de 2025, terá início formal o período de campanha eleitoral”, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em um comunicado lido na emissora estatal.
Até o momento, o CNE — que denunciou uma suposta invasão cibernética nas presidenciais de julho que teria impedido a divulgação dos resultados detalhados, conforme estabelece a lei — não divulgou os nomes de todos os candidatos, embora tenha informado sobre 6.687 registros de candidaturas.
A Venezuela elegerá os membros do Parlamento, os conselhos legislativos e os governadores dos 24 estados, incluindo pela primeira vez o governo do território de Essequibo, uma região de 160 mil km² disputada com a Guiana e que está em litígio na Corte Internacional de Justiça (CIJ).
“Que cada voto seja um voto para rejeitar aqueles que pediram sanções, para rejeitar os que promoveram golpes de Estado”, declarou o chefe da campanha governista, Jorge Rodríguez, durante um ato em Caracas, enquanto outros comícios se iniciavam em diferentes regiões da Venezuela.
Capriles, por sua vez, insistiu que a votação de maio é uma forma de “reivindicar o 28 de julho”, quando o opositor Edmundo González, rival de Maduro nas presidenciais, “venceu”.
“Precisamos voltar a votar. O 25 de maio é: ou seguimos vivos, lutando com o que temos, ou caímos na resignação e no desespero”, declarou o agora candidato a deputado, após ter uma inabilitação política — imposta em 2017 — revogada.
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