Venezuela acusa a Guiana de violar o direito internacional ao usar o mar de Essequibo

O governo venezuelano denunciou nesta quarta-feira (12) o presidente da Guiana, Irfaan Ali, acusado de violar marco regulatório internacional ao dispor do mar de Essequibo.

“O Zelensky do Caribe (referindo-se a Irfaan Ali) persiste em violar flagrantemente o direito internacional ao dispor unilateralmente de um mar ainda a ser delimitado. Sua postura de ladrão, ameaçando a Venezuela com hegemonias em desuso, busca apenas perturbar a paz de nossa região”, escreveu a vice-presidente Delcy Rodríguez no Telegram.

O comentário de Rodríguez foi feito na esteira de declarações de Ali, que afirmou que estava “buscando uma solução pacífica” com Caracas sobre a região e pedido a Nicolás Maduro, presidente venezuelano, “que respeitasse a decisão adotada pela Corte Internacional de Justiça”.

“Esta triste figura da história do nosso Caribe tem apenas uma opção legítima: a negociação política no âmbito do Mecanismo Argyle. A Venezuela nunca abrirá mão de seus direitos históricos sobre o Essequibo!”, ponderou Rodríguez.

Situação entre Guiana e Venezuela

As tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram depois que a Guiana recebeu propostas para oito dos 14 blocos de petróleo licitados em dezembro de 2022 no mar territorial de Essequibo.

Nesse contexto, o governo venezuelano realizou um referendo consultivo em dezembro de 2023 para reivindicar a soberania sobre Essequibo.

Após a consulta, Maduro e Ali se encontraram em São Vicente e Granadinas, onde expressaram sua disposição de continuar o diálogo para resolver a disputa.

Além disso, eles concordaram que Venezuela e Guiana “não irão, direta ou indiretamente, ameaçar ou usar força uma contra a outra sob nenhuma circunstância”.


Por Sputinik Brasil


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