Veja os 5 filmes favoritos do papa Francisco
A morte do papa Francisco fez com que muitos se questionassem sobre seus interesses em diversos âmbitos. Apesar de não acompanhar a TV desde 1990, o pontífice nutria um grande amor pelo cinema.
Em várias entrevistas, o papa elegeu seus filmes favoritos. Não só admirador das obras, era também influenciado por elas, confessando se inspirar em muitos para a construção de seus próprios textos.
A seguir, conheça os longas-metragens preferidos do papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21), aos 88 anos, em decorrência de um AVC e de uma falência do cardíaca.
“A Estrada da Vida” (1954)
Na trama dirigida por Federico Fellini, Gelsomina foi vendida pela mãe para um lutador, que a ama e a maltrata. O drama clássico explora a relação tumultuada dos dois. O filme foi lançado no Brasil em 2003 e está disponível para assistir na plataforma Looke.
O papa Francisco exaltou sua preferência pelo filme italiano em 2013, em entrevista ao L’Osservatore Romano. “‘La strada’ de Fellini é talvez o filme de que mais gostei. Identifico-me com aquele filme, no qual está implícita uma referência a São Francisco”, destacou.
“Rapsódia em Agosto” (1991)
A produção de Akira Kurosawa discute sobre a bomba atômica que atingiu Nagazaki, no Japão, em 1945. Uma idosa relembra sobre a catástrofe com os netos e o sobrinho nipo-americano.
Conforme a CNN Portugal, o pontífice conversou sobre o filme, que está disponível no Prime Video, com estudantes japonesas em 2018. “A mensagem é a necessidade de diálogo entre jovens e idosos, e mostra como os netos finalmente encontram suas raízes. Peço-vos que encontrem as vossas raízes conversando com os idosos”, ponderou.
“A Festa de Babette” (1987)
Também disponível no Prime Video, o filme dinamarquês se passa em um vilarejo no século 19. A história aborda duas filhas de um pastor que decidem contratar uma cozinheira parisiense. Quando a data de nascimento do pai atinge a marca de 100 anos, a cozinheira prepara um banquete surpreendente,
“A Festa de Babette” foi até citada na Exortação apostólica pós-sinodal do papa Francisco, em 2016. “As alegrias mais intensas da vida surgem quando somos capazes de provocar alegria nos outros, como uma amostra do céu. Podemos pensar na bela cena do filme ‘A Festa de Babette’, quando a generosa cozinheira recebe um abraço agradecido e um elogio”, pontuou em um trecho.
“A Culpa dos Pais” (1944)
O italiano “I bambini ci guardano” fala sobre a vida de um menino de quatro anos que sofre com pais e parentes desatentos. A obra pode ser conferida na plataforma RaiPlay.
O pontífice destacou o neorrealismo da produção. “O cinema neorrealista é um olhar que provoca a consciência. É um filme que gosto de citar com frequência porque é tão bonito e rico em significado”, indicou em 2021, segundo a CNN Portugal.
“Roma, Cidade Aberta” (1945)
“Roma, Cidade Aberta” trata sobre a invasão nazista em Roma. Na história, Giorgio Manfredi é perseguido pela Gestapo — polícia secreta da Alemanha nazista.
Ainda na entrevista ao L’Osservatore Romano, em 2013, o papa Francisco elogiou o filme de Roberto Rossellini: “Um outro filme que gostei muito é ‘Roma città aperta’. Devo a minha cultura cinematográfica sobretudo aos meus pais, que nos levavam frequentemente ao cinema. Em todo caso, gosto muito dos artistas trágicos, especialmente os mais clássicos”. A produção pode ser assistida no YouTube.
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