O ato de vandalismo foi capturado em vídeo. Imagem de captura de tela / Reprodução X
Autoridades peruanas investigam um ato de vandalismo ocorrido no sítio arqueológico de Chan Chan, patrimônio mundial da Unesco e antiga capital do reino Chimú. No último dia 12 de maio, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou um indivíduo pichando a imagem de um órgão genital masculino em uma das paredes de adobe do complexo, localizado na cidade de Trujillo, ao norte de Lima. A ação gerou forte repúdio do Ministério da Cultura do Peru, que classificou o ato como uma grave violação do patrimônio arqueológico nacional.
De acordo com a agência estatal Andina, os responsáveis podem ser enquadrados no artigo 226 do Código Penal do Peru, que prevê multa e pena de até seis anos de prisão para quem danificar bens culturais protegidos. O local foi imediatamente inspecionado pela polícia turística e, na sequência, recebeu uma equipe técnica do ministério encarregada da limpeza e restauração da estrutura danificada — uma parede com mais de seis séculos de história. “Reiteramos nosso compromisso com a proteção e conservação do patrimônio cultural do país”, afirmou a pasta em comunicado oficial.
O episódio se soma a um caso ocorrido em fevereiro deste ano, quando um visitante danificou com um martelo a famosa Pedra dos Doze Ângulos, integrada ao Palácio de Inca Roca, em Cusco. Ambos os ataques reacendem o debate sobre a fragilidade dos sítios arqueológicos frente ao turismo irresponsável e à falta de educação patrimonial. Chan Chan, considerado pela Unesco uma obra-prima do urbanismo pré-colombiano, testemunha mais de 11 mil anos de evolução cultural no norte do Peru e abriga uma vasta rede de cidadelas, templos e depósitos construídos em adobe — hoje ameaçados não apenas pelo tempo, mas também por atos de barbárie contemporânea.
O Ministério de Cultura do Peru publicou um vídeo em suas redes sociais alertando sobre os atos de vandalismo e suas consequências.
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