A Vaipro Enterprise, empresa de procurement e transporte de mercadorias da África do Sul para Angola, está a construir um centro logístico, na província angolana do Bengo, onde já foi investido aproximadamente 10 milhões de kwanzas, num espaço de 200 metros quadrados.
Em entrevista à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a directora e fundadora da Vaipro Enterprise, Janice Januário, explicou que o centro vai ser muito estratégico, justificando que permitirá gerar vários postos de trabalho naquela zona e ligar com outras províncias do país (…).
“É um ponto chave, e nós estamos a fazer como um ponto de distribuição, a mercadoria sai da África do Sul, o caminhão vai até ao Bengo e, a partir do Bengo, conseguimos distribuir para noutras províncias. Inicialmente, estamos a acautelar entre 30 e 50 postos de trabalho, mas com o crescimento da empresa, pensamos que este número vai aumentar”,
De acordo com a responsável, no centro logístico serão armazenadas sementes, matérias de construção, do sector mineiro e do sector da saúde.
“Só não vamos armazenar medicamentos, porque acreditamos que já existem postos devidamente identificados para este efeito. Nesse centro logístico, a nossa ideia é também ter uma loja express, onde vamos meter os produtos mais comprados ou mais solicitados pelos clientes, para que consigam ter a tempo e hora e não esperar 25 ou 20 dias que, às vezes, é o tempo que faz de transporte via terrestre da África do Sul para Angola”, assegurou.
Janice Januário revelou que a ideia é expandir os negócios na República do Togo, mas neste momento diz que pretende consolidar o fluxo de logística com a África do Sul.
“Mas por agora nós queremos ter uma base sólida para não distribuir energias e depois o fluxo de logística perder-se. Precisamos estabelecer em relação àquilo que são as trocas que nós temos com a África do Sul. A partir do momento que nós acharmos que ainda até ao final deste ano, temos o nosso centro logístico pronto. Se conseguirmos ter até ao final do desse ano o nosso centro, aí conseguimos abrir para outros países em África”, explicou.
A empresária fez saber que o centro logístico poderá abrir em meados de 2026, informando que neste momento a infra-estrutura já recebeu camiões para fazer distribuição.
Por outro lado, a responsável considerou que o sector da logística está a desenvolver muito, detalhando que não existe economia sem logística, não existe produção sem logística.
“Um dos maiores pilares que nós estamos até agora com a nossa agricultura e saiu agora a lei que vai proibida transportar e importar outros materiais. O que é que vai dificultar? É a logística. Se não tivermos uma logística integrada em desde o ponto de produção até à distribuição, não vai ser eficiente, vamos ser obrigados a continuar a exportar, porque aquilo que é produzido não consegue chegar até o consumidor final e a um preço competitivo”, disse.
Para Janice, muita vezes, o que faz importar é também o preço, pois, no seu entender, quando é produzido em Angola, acaba por ser mais caro do que aquilo que é produzido no estrangeiro e importado até aqui.
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