O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país aplicará uma tarifa de 25% sobre nações que comprarem petróleo e gás da Venezuela. A medida visa a aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.
Trump afirmou, na rede social Truth Social, que esses países enfrentarão tarifas em qualquer comércio que tenham com os EUA. As taxas entram em vigor em 2 de abril.
“Se comprarem petróleo da Venezuela, terão de pagar uma tarifa de 25% para fazer negócios com os Estados Unidos”, disse o republicano, em entrevista na Casa Branca. “Isso se soma às tarifas já existentes.”
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Em 2024, a Venezuela exportou cerca de 660 mil barris de petróleo (bdp) por dia, segundo a consultoria Kpler. A China foi o principal destino, com 270 mil bpd adquiridos no período. Em entrevista ao portal norte-americano CNBC, o analista da Kpler, Matt Smith, afirmou que o anúncio do governo Trump parece ser mais uma ação direcionada contra a China.
Trump prorroga a licença da Chevron
O Departamento do Tesouro dos EUA prorrogou até 27 de maio a licença da petroleira Chevron para operar na Venezuela. Trump já havia prometido reverter a autorização concedida pelo governo Biden para a empresa retomar a produção no país. O prazo inicial para encerramento das operações era 3 de abril.
A Chevron é uma multinacional de energia norte-americana, predominantemente especializada em petróleo e gás. A corporação é verticalmente integrada e está envolvida na exploração, produção, refino, marketing e transporte de hidrocarbonetos, fabricação e vendas de produtos químicos e geração de energia.

Segundo fontes do Wall Street Journal, o CEO da Chevron, Mike Wirth, se reuniu com autoridades do governo Trump na semana passada para negociar a extensão da licença. A empresa opera na Venezuela em parceria com a estatal PDVSA e possui participação em cinco projetos no país.
Trump também acusou a Venezuela de enviar integrantes da gangue Tren de Aragua para os EUA. Em 15 de março, o presidente invocou o Alien Enemies Act (Lei de Inimigos Estrangeiros), de 1798, ao alegar que o grupo conduz “guerra irregular” sob ordens de Maduro. O governo dos EUA classificou a organização como grupo terrorista estrangeiro.
A lei invocada por Trump é uma autoridade de guerra que permite ao presidente deter ou deportar nativos e cidadãos de uma nação inimiga.
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No entanto, o juiz federal James Boasberg bloqueou o plano de deportação de supostos membros da gangue. Trump reagiu e pediu o impeachment do magistrado.
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