Treinamento de resgate realizado em terremoto no Haiti é feito em ilha de Porto Alegre após enchente | Rio Grande do Sul

Comunidade de ilha de Porto Alegre tem treinamento de prevenção — Foto: Divulgação/VVolunteer

Lideranças locais da Ilha da Pintada no bairro Arquipélago, em Porto Alegre, receberam um treinamento, na quinta-feira (11), de ação e prevenção em situações de emergência – formação que já foi feita após o terremoto no Haiti em 2021. A região das Ilhas foi uma das mais atingidas da capital em razão da cheia do Guaíba.

Bombeiros da reserva, resgatistas e pessoas especializadas em respostas humanitárias atuaram nesses trabalhos, a partir de uma parceria entre a comunidade de voluntários Volunteer Brasil e a ONG Humus.

A formação realizada na Ilha da Pintada teve oito horas de duração e foi realizada em dois turnos, com parte teórica e prática. Cerca de 30 pessoas participaram do treinamento, que envolveu prevenção e resgate primários em soterramento, enchentes, combate básicos de incêndios, primeiros socorros e gestão de abrigos temporários.

A ação é realizada pois, na maioria das emergências, a população não especializada é a primeira a lidar com uma situação crítica, segundo a CEO da Volunteer, Mariana Serra.

“A gente não tem terremoto como tem no Japão, mas todo mundo no Japão sabe o que fazer em caso de terremoto. A gente tem que saber o que fazer em caso de enchente, como socorrer, qual a forma mais efetiva de você prestar um socorro”, explica Mariana.

Treinamento feito no Haiti após terremoto em 2010 — Foto: Divulgação/VVolunteer

Levando em conta as comunidades mais atingidas, a capacitação deve atender cerca de 150 líderes em outras quatro cidades, dentre elas Muçum, Roca Sales e Encantado, no Vale do Taquari. Nesta sexta, Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, conta com a formação. O município teve 44% da população afetada.

“São cidades em que eles foram severamente atingidos e que vai ter uma necessidade permanente, pois vai acontecer de novo [a enchente]. No Vale do Taquari não foi a primeira nem a última”, afirma Mariana.

Assim como no exterior, esse tipo de capacitação já foi realizada após tragédias como nos rompimentos das barragens de Brumadinho e Mariana.

Números da tragédia no RS

Os temporais e as cheias que atingem o Rio Grande do Sul já deixaram 182 vítimas, segundo o mais recente boletim da Defesa Civil de quarta-feira (10). Além disso, são 29 desaparecidos e 806 feridos.

Dos 497 municípios do estado, 478 registraram transtornos relacionados aos temporais, afetando quase 2,4 milhões de pessoas.

Imagem de satélite feitas em maio na região de Porto Alegre mostra impacto da enchente — Foto: European Union/Copernicus Sentinel-2 via Reuters

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