Tecnologia Impulsiona Nova Era Da Medicina No Brasil: Da Saúde 4.0 à 5.0 – Revista Algomais

Desafios e oportunidades na construção de um modelo médico mais inteligente, integrado e humano

A medicina vive uma transformação estrutural impulsionada por inovações tecnológicas que, cada vez mais, moldam o presente e o futuro da assistência em saúde. Após os avanços significativos da chamada Saúde 4.0 — que trouxe a digitalização dos processos, automação de fluxos e o uso de tecnologias como inteligência artificial (IA), big data e Internet das Coisas (IoT) — o setor se prepara para um novo salto: a era da Saúde 5.0.

Segundo o ortopedista Sormane Britto, especialista em healthtech e inovação, a Saúde 4.0 representou um marco ao integrar tecnologias disruptivas ao ecossistema médico, promovendo eficiência, conectividade e maior controle sobre a jornada do paciente. “A digitalização permitiu desde o uso de prontuários eletrônicos até o monitoramento remoto de doenças crônicas, criando bases sólidas para a evolução do modelo de atenção à saúde”, afirma.

Contudo, apesar dos ganhos operacionais, a Saúde 4.0 também trouxe um desafio relevante: o risco de desumanização. O foco excessivo em processos e indicadores, por vezes, gerou distanciamento entre médico e paciente, enfraquecendo o vínculo terapêutico.

É nesse contexto que surge a Saúde 5.0 — conceito inspirado na Sociedade 5.0, proposta pelo governo japonês, que defende o uso ético, inteligente e centrado da tecnologia em benefício do ser humano. A proposta não é retroceder, mas evoluir para um modelo de cuidado que una a precisão tecnológica com a empatia clínica.

“A Saúde 5.0 é uma resposta direta ao desafio contemporâneo de integrar tecnologia com sensibilidade. É um modelo que valoriza o paciente como um ser integral, indo além do diagnóstico e considerando suas condições emocionais, sociais e culturais”, destaca Britto.

“A digitalização permitiu desde o uso de prontuários eletrônicos até o monitoramento remoto de doenças crônicas, criando bases sólidas para a evolução do modelo de atenção à saúde”, afirma o médico

Nesse novo cenário, a tecnologia deixa de ser apenas um instrumento operacional para se tornar uma ferramenta estratégica de suporte à decisão clínica, personalização do cuidado e promoção da saúde integral. Soluções como IA para triagem inteligente, wearables com sensores preditivos, algoritmos de apoio diagnóstico e sistemas de interoperabilidade em tempo real passam a atuar como extensões do olhar clínico — aumentando a eficiência sem perder a essência do cuidado humano.

“A tecnologia deve servir para ampliar a escuta, fortalecer vínculos e apoiar decisões mais seguras e personalizadas. Não se trata de automatizar a relação, mas de potencializá-la com inteligência e ética”, conclui Britto.

A expectativa é clara: nos próximos anos, o Brasil deverá consolidar um modelo híbrido de atendimento — preciso como a máquina, sensível como o humano — com a tecnologia como protagonista de um novo ciclo da medicina centrada no paciente.

Algomais Circuito

Cadeirante canva
O evento contará com equipe especializada e ambiente adaptado para garantir conforto e segurança a todos os presentes – Foto: Canva

O Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), em parceria com o Projeto Somos (Servir com o prOpósito de Mudar a HistÓria de MuitoS), realizará no dia 8 de maio, das 13h30 às 16h30, o evento VIP – Vacina, Imagem e Papo. A ação tem como objetivo promover o cuidado, acolhimento e valorização de pessoas cadeirantes que já fazem parte do projeto, oferecendo uma programação diversificada, gratuita e acessível. O evento acontecerá no campus Piedade da UNIFG, localizado na Rua Comendador José Didier, nº 27, em Piedade. Entre os serviços oferecidos estão: atualização da carteira de vacinas, sessão de fotos, maquiagem, escovação de cabelos, corte masculino e barba. Também haverá sorteio de brindes para os participantes. Esta é a segunda edição do evento promovido pelo Projeto Somos. “A iniciativa busca não apenas oferecer cuidados estéticos e de saúde, mas também proporcionar acolhimento, visibilidade e valorização da pessoa com deficiência. O evento contará com equipe especializada e ambiente adaptado para garantir conforto e segurança a todos os presentes, promovendo, assim, um momento de cuidado e alegria, reforçando a importância da inclusão e da atenção integral às pessoas com deficiência”, destaca Pedro Augusto, Cofundador da Somos.


Profissional de Educacao Fisica Canva
Jornada de Educação Física – “Educação Física como ferramenta de saúde: prevenção, qualidade de vida e bem-estar”

A atividade física desempenha papel essencial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Com o objetivo de fortalecer esse entendimento entre estudantes, profissionais da área e a comunidade em geral, o Centro Universitário UniFBV WYDEN realiza, no dia 9 de maio de 2025, a Jornada de Educação Física – “Educação Física como ferramenta de saúde: prevenção, qualidade de vida e bem-estar”, no campus Recife. O evento é gratuito, aberto ao público e conta com vagas limitadas, mediante inscrição via forms. Promovida pela coordenação do curso de Educação Física, a jornada tem início às 17h e segue até às 20h, reunindo palestras com especialistas da área e abordagens práticas voltadas ao movimento humano. Os participantes terão direito a certificado de participação com carga horária de 10 horas. “A Jornada de Educação Física vai ser um encontro voltada aos profissionais e estudantes de Educação Física, aberta para os alunos do Centro Universitário UniFBV, mas também aberta para outros estudantes de outras instituições, como também profissionais que tenham interesse na área do movimento, na área da atividade física e bem-estar”, explica o coordenador do curso, professor Pedro Alves. A programação contará com a presença de profissionais com atuação reconhecida nas temáticas abordadas.


Marcha Canva
Estudo da marcha com preço acessível – Foto: Canva

Cada um se move de uma forma única e essa maneira de andar (marcha) pode dizer muito sobre a saúde de um modo geral. Quando há um padrão dificultoso de marcha, por exemplo, que pode acontecer por fatores como lesões, doenças neurológicas ou ortopédicas, ou por outras alterações dos sistemas de equilíbrio e coordenação, é preciso estar atento(a). “Se a pessoa tem uma marcha que demanda muita energia, cansa muito ou que causa desconfortos e dores difíceis de aliviar, é importante que ela possa procurar uma avaliação”, ressalta a fisioterapeuta da Clínica Fisio FPS, Júlia Veloso. Na Fisio FPS, são estudados os padrões de marcha e movimentos corporais por meio de tecnologias avançadas, para fornecer uma avaliação precisa e objetiva. O atendimento é gratuito para as comunidades de Tijolos e Tijolinhos. Já para o público em geral, os valores são acessíveis.


RH
Márcia Gonçalves é do conselho da ABRH-PE

A Norma Regulamentadora 1 (NR-1) estabelece algumas regras sobre segurança e saúde no trabalho, definindo as responsabilidades dos empregadores e trabalhadores, e os princípios básicos para garantir um ambiente seguro e saudável. Prevista desde o ano passado pelo Ministério do Trabalho, ela vai entrar em vigor no dia 26 de maio, mas a fiscalização foi adiada por um ano para dar tempo de as empresas se adequarem. E para entender como o RH deve lidar com riscos psicossociais e se adequar às novas exigências de saúde mental no trabalho, a Associação Brasileira de Recursos Humanos em Pernambuco (ABRH-PE) está oferecendo um curso na próxima sexta-feira (09), na Uninassau de Boa Viagem. O treinamento  NR-1 Sem Mistérios terá carga horária de 10 horas. De acordo com a presidente do Conselho Deliberativo da ABRH-PE, Márcia Gonçalves, “Muito além do cumprimento legal, o curso é uma oportunidade de promover ambientes mais saudáveis, humanos e sustentáveis para se trabalhar”. Para repassar as novidades da NR-1, foram convidadas a advogada Juliana Mendes e Natalie de Sousa Dowsley, especialista em Psicologia Positiva, Liderança e Gestão de Pessoas. A inscrição custa a partir de R$ 150,00 e pode ser feita no link https://www.even3.com.br/curso-nr-1-564284/


Algomais Movimento
Lucio Beltrao
“Não podemos dificultar o acesso à atividade física com exigências burocráticas que afastam as pessoas dos treinos. O profissional de Educação Física é o agente certo para conduzir a prática segura”, afirma Lúcio Beltrão

Presidente do Conselho Regional de Educação Física de Pernambuco defende uso do PAR-Q e reforça que o exercício físico orientado é ferramenta essencial para a saúde pública

O Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região (CREF12/PE) se posicionou contra a obrigatoriedade de apresentação de atestado médico para a prática de atividades físicas em academias. A entidade defende que essa exigência cria uma barreira desnecessária ao combate ao sedentarismo, que atinge quase metade da população brasileira.

“Não podemos dificultar o acesso à atividade física com exigências burocráticas que afastam as pessoas dos treinos. O profissional de Educação Física é o agente certo para conduzir a prática segura”, afirma Lúcio Beltrão, presidente do CREF12/PE.

A Educação Física é reconhecida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) como profissão da área da saúde desde as Resoluções 218/1997 e 287/1998. Segundo o CREF12/PE, as academias e outros espaços de prática orientada já são regulamentados e obrigados por lei a manter profissionais registrados, garantindo segurança aos praticantes.

A obrigatoriedade de atestado médico, segundo o presidente do Conselho, Lúcio Beltrão, vai na contramão dos esforços para combater o sedentarismo e prevenir doenças. “É preciso menos regulação, menos barreiras e mais incentivo à prática orientada de exercício físico. Um atestado obrigatório pode ser o obstáculo que falta para alguém desistir de iniciar um programa de treinamento”, afirma Beltrão.

Pernambuco, assim como estados como São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, já adotou o Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) como referência para a liberação da prática esportiva. Desenvolvido pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício e recomendado por instituições de prestígio, como a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o PAR-Q permite avaliar a necessidade de encaminhamento médico de forma simples, acessível e segura.

“A Lei Estadual nº 15.619/2015 é clara: a avaliação médica é facultativa. O cidadão deve responder ao PAR-Q e, caso haja alguma resposta positiva, ele assina um termo de responsabilidade. É uma medida equilibrada, baseada em evidências e que respeita o direito à prática da atividade física”, explica o presidente do CREF12/PE.

Os dados são alarmantes: o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e o quinto do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 47% dos brasileiros são inativos fisicamente e entre os jovens esse índice salta para 84%. A inatividade é responsável por 15% das internações no SUS e custa ao país cerca de 4 bilhões de dólares por ano em despesas com saúde.

Diante desse cenário, o CREF12/PE reforça a importância de integrar o Profissional de Educação Física às políticas públicas de saúde, educação, esporte, cultura e assistência. “A presença do profissional nas escolas, praças, academias e hospitais é essencial. A sociedade precisa reconhecer esse papel e cobrar dos gestores públicos medidas concretas de promoção à saúde”, enfatiza Beltrão.

Para garantir o sucesso dessas políticas, o Conselho defende investimentos em infraestrutura — como quadras cobertas nas escolas e academias públicas — e na valorização dos profissionais da Educação Física. “Não basta ter a estrutura física. É preciso ter profissionais qualificados, com ética, conhecimento e responsabilidade para garantir que o exercício físico seja seguro e eficiente”, pontua o presidente do CREF12/PE.

O CREF12/PE reitera que o Profissional de Educação Física é o único habilitado para prescrever e orientar exercícios físicos com segurança. A obrigatoriedade do atestado médico, além de desnecessária, representa um obstáculo para o acesso à saúde por meio da atividade física. O caminho mais eficaz é facilitar o ingresso nas academias, sempre com acompanhamento responsável, baseado em ciência e nas leis já existente


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