A Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM) realiza hoje, na Praia, uma assembleia-geral ordinária para apresentação e aprovação dos documentos de gestão referentes a 2024, bem como o plano de actividades e orçamento para 2025.
Em declarações à Inforpress, o presidente da assembleia-geral da SCM, Homero Fonseca, destacou a importância da reunião, explicando que se trata de um encontro anual, de acordo com os estatutos da organização.
“Vamos discutir o relatório de gestão e das contas referentes ao ano 2024. Temos também a discussão e aprovação do relatório anual sobre a transferência do mesmo ano”, referiu.
A mesma fonte acrescentou que o principal documento em análise é o plano de orçamento para 2025.
“Embora este ano esteja em andamento, esta reunião será directamente para aprovar os instrumentos de gestão da Sociedade para o ano 2025”, afirmou.
Além disso, realçou a importância da recolha e distribuição de direitos de autor e direitos conexos em Cabo Verde.
“É exatamente a recolha e o pagamento, recolha e distribuição dos direitos de autor e direitos conexos em Cabo Verde e não só, nós representamos outras sociedades de música do mundo inteiro”, ressaltou.
Questionado sobre os principais desafios da SCM, Fonseca apontou a cobrança de direitos de autor, sobretudo nos órgãos de comunicação social, como o caso da Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC).
“O paradoxo é que, sendo a RTC um órgão do Estado, seria expectável que fosse o primeiro pagador, e não é o caso”, sublinhou, acrescentando que a rádio utiliza música “durante 24 horas por dia” e deveria remunerar os criadores pelos seus trabalhos.
O presidente da direcção da SCM, Daniel Spencer reforçou que a meta para 2025 é aumentar a arrecadação de direitos junto dos utilizadores, com especial enfoque na RTC.
“Vamos continuar a negociar com a RTC para sanarmos essa questão”, disse.
Spencer destacou a aposta na tecnologia para aproximar autores, compositores e a sociedade civil.
“Temos um portfólio de autores e compositores que queremos que esteja cada vez mais perto da sociedade civil”, reiterou, complementando a importância da arrecadação de direitos do autor.
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