Sim, seu estilo de vida definirá como o seu cérebro envelhecerá

Problemas neurológicos já afetam 43% da população, indica novo estudo global divulgado pela American Brain Foundation – iStock/Chinnapong – iStock/Chinnapong

Um artigo de revisão científica publicado na Genomic Psychiatry, periódico da Genomic Press de Nova York, traz novas luzes sobre os fatores que influenciam o desempenho cognitivo na velhice.

Segundo a publicação, tanto a genética quanto o ambiente – incluindo estilo de vida e experiências ao longo da vida – desempenham papéis importantes na forma como o cérebro envelhece.

A pesquisa baseia-se em dados das Coortes de nascimento de Lothian, na Escócia, um dos maiores estudos longitudinais sobre envelhecimento cognitivo.

O levantamento aponta que certas habilidades mentais, como memória, atenção e raciocínio, já podem ser antecipadas com base em testes de QI aplicados por volta dos 11 anos de idade. Isso sugere que o funcionamento cognitivo na terceira idade não surge do acaso, mas carrega marcas da infância.

No entanto, o futuro do cérebro não está completamente escrito nos genes ou nos testes da juventude. O estilo de vida adulto surge como um protagonista no ritmo do declínio cognitivo. Manter-se ativo – tanto física quanto mentalmente –, adotar uma alimentação equilibrada, evitar fatores de risco como hipertensão e tabagismo, e até mesmo aprender uma nova língua ou tocar instrumentos musicais são hábitos associados a um envelhecimento cerebral mais saudável.

“Descobrimos que esses fatores, embora exerçam efeitos modestos de forma isolada, mostram associações consistentes com a saúde cognitiva na velhice”, explica Simon Cox, autor do estudo e diretor dos projetos do Lothian Birth Cohort na Universidade de Edimburgo.

Envelhecimento cerebral não é sinônimo de perda total

Para Valéria Lins, gerontóloga e cofundadora do centro de saúde Nandarê, especializado em longevidade, é natural que a memória passe por mudanças ao longo da vida. “O cérebro, assim como outros órgãos, envelhece. A velocidade de processamento diminui, e lembrar nomes ou eventos pode levar mais tempo. No entanto, isso é diferente de quadros mais sérios, como a demência”, ressalta.

Segundo ela, a chave está na plasticidade neural – a capacidade do cérebro de criar novas conexões entre os neurônios. Com o passar dos anos, essa capacidade reduz, mas não desaparece. E é justamente aí que os hábitos saudáveis fazem a diferença.

“Estimular o cérebro com novas atividades, manter-se socialmente engajado, praticar exercícios e controlar fatores de risco contribui para preservar ou até melhorar as funções cognitivas com o tempo”, explica Valéria.

A mensagem é clara: o cérebro envelhece, mas como ele envelhece depende, em grande parte, das escolhas que fazemos ao longo da vida. A ciência está cada vez mais certa de que é possível, sim, envelhecer com saúde mental – e que nunca é tarde para começar a cuidar da mente.

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