Silveira diz que oligopólios criados no governo anterior atravancam crescimento nacional | Brasil

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (08) que o setor brasileiro de gás natural vive um momento extremamente delicado. Segundo ele, o governo atual herdou da gestão anterior o desafio de enfrentar o “caos das privatizações mal feitas e levianas das estruturas de transporte”, juntamente com a falta de regulação por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos elos da cadeia do gás natural.

De acordo com o ministro, oligopólios criados no governo anterior, liderados pelo ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes, atravancam o crescimento nacional e encareceram o gás natural e o gás de cozinha.

“O desgoverno anterior apostou no Estado mínimo, inexistente. Acreditou na fantasiosa mão invisível do mercado. Aquela que só produz concentração de riqueza nas mãos de poucos”, disse o ministro.

“Aquela que permite a livre formação de monopólios e oligopólios que só abusam do poder econômico, sempre em prejuízo dos consumidores, do país”, completou Silveira.

— Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Silveira disse que as privatizações da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e da Transportadora Associada de Gás (TAG) foram feitas sem a regulação adequada. Isso, segundo ele, faz com que o Brasil tenha uma das tarifas de transporte do gás natural mais caras do mundo.

“Isto porque faz com que o consumidor seja forçado a pagar duas vezes pela mesma estrutura, encarecendo-se desnecessariamente o preço da molécula”, disse Silveira.

Além disso, o ministro afirmou que o transporte é apenas um dos problemas do setor de gás brasileiro em meio a tantos outros, como desperdício com a reinjeção nos blocos em alto-mar (offshore), “que é causada por custos elevados de escoamento e processamento de gás”.

“Uma grande insegurança jurídica para o produtor nacional. Para quem explora o gás natural nas plataformas e FPSOs [Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência], o preço é muito baixo. Porém, de tão caro que é o escoamento e o processamento, não compensa trazê-lo para a costa”, destacou.

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