Setor de tecnologia é poupado de tarifas nos EUA; Apple, Nvidia e Dell entre as beneficiadas – Portal IN – Pompeu Vasconcelos

Decisão foi divulgada na noite se sexta-feira

A Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos anunciou a exclusão de diversos produtos tecnológicos da nova rodada de tarifas sobre importações. A decisão, divulgada na noite de sexta-feira (11), beneficia diretamente empresas como Apple, Nvidia, Dell, HP e outras do setor.

A lista inclui smartphones, computadores pessoais, servidores e outros equipamentos montados majoritariamente na China. Com a medida, essas categorias estão isentas das tarifas que chegariam a 145% sobre produtos chineses e 10% sobre itens de outros parceiros comerciais.

Segundo dados oficiais, as isenções cobrem US$ 385 bilhões em importações realizadas em 2024, representando 12% do total anual dos EUA. Desse valor, US$ 100 bilhões correspondem a produtos oriundos da China. Para esses itens, a alíquota média caiu de 45% para 5%.

A maior isenção recai sobre a categoria de PCs e servidores, que totalizou US$ 140 bilhões em importações no último ano — sendo 26% da China. Já a categoria mais expressiva em valor entre os produtos chineses isentos são os smartphones: US$ 41 bilhões em 2024, o que equivale a 81% de todas as importações de celulares.

Mesmo com a nova taxa reduzida de 20% para produtos chineses, os importadores desses itens evitam um aumento potencial de até US$ 60 bilhões em tarifas. No novo sistema, a taxa média sobre smartphones caiu de 119% para 16%.

A medida representa um alívio significativo para empresas como a Apple, que produz grande parte de seus dispositivos na China, além de manter operações na Índia e no Vietnã. Também favorece fabricantes de servidores e PCs, como Dell, Hewlett Packard Enterprise e Super Micro.

Enquanto isso, setores como vestuário, calçados e acessórios continuarão sujeitos às tarifas elevadas, com alíquotas de até 145% para produtos chineses e média de 44%. A diferenciação evidencia uma estratégia seletiva do governo dos EUA, que pode moldar o impacto da guerra tarifária sobre diferentes segmentos da economia.


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