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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, apresentou à Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado um balanço das ações da pasta e os desafios futuros. Ela destacou que, até 2026, o setor receberá R$ 7,13 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contemplando projetos como os aceleradores de partículas Sirius e Órion, além da ampliação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
19/03/2025, 19h39 – ATUALIZADO EM 19/03/2025, 20h24
Duração de áudio: 02:53
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Transcrição
SENADORES RECEBEM MINISTRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, LUCIANA SANTOS, PARA UM BALANÇO DAS AÇÕES DO MINISTÉRIO E DEBATER OS DESAFIOS DO SETOR. REPÓRTER PAULO BARREIRA.
A Comissão de Ciência e Tecnologia recebeu a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, para uma prestação de contas. Durante a audiência pública, a ministra destacou que, até 2026, o setor deve receber R$ 7,13 bilhões em investimentos, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Essa é a primeira vez que o ministério é incluído no plano de ações do programa. Entre os principais projetos contemplados estão o acelerador de partículas Sirius e o laboratório Órion, de biossegurança, localizados no Parque Tecnológico do Laboratório Nacional de Luz, em Campinas, além da ampliação da cobertura do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Cemaden.
Outro tema abordado foi o incentivo ao retorno de cientistas brasileiros ao país, uma medida que busca reverter a fuga de pesquisadores e fortalecer a pesquisa nacional. Segundo a ministra, mais de 1.500 pesquisadores já manifestaram interesse em retornar ao Brasil, atraídos por programas de financiamento do governo e pelas oportunidades de trabalho.
(ministra Luciana Santos) “Foram 1.543 propostas de pesquisadores que topam voltar, e isso é uma grande conquista, 1.600 pessoas brasileiras topando voltar para o Brasil”.
O funcionamento do Cemaden também esteve no centro dos debates. Responsável por monitorar e emitir alertas sobre riscos de deslizamentos, inundações e enxurradas, o órgão enfrenta dificuldades operacionais, que comprometem sua atuação na prevenção de tragédias. Um dos autores do pedido para ouvir a ministra, senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, alertou para a proximidade do período de chuvas intensas nas regiões Sul e Sudeste do país e reforçou a necessidade de fortalecimento do órgão. Para ele, é fundamental ampliar o quadro de profissionais, garantir melhores condições de trabalho e investir em novas tecnologias de monitoramento.
(sen. Astronauta Marcos Pontes) “É importante ressaltar a importância do Cemaden principalmente agora que a gente começa a entrar no tempo de chuvas, e todo ano a gente tem os tais desastres naturais e pessoas são perdidas nesses acidentes, tanto por enchente quanto por deslizamento de terra. São vários os fatores contribuintes para esses acidentes, entre eles, lógico, um que a gente tem um controle indireto, que são as mudanças climáticas, e o Cemaden tem uma função primordial nisso, no alerta.
Atualmente, a Comissão de Constituição e Justiça já analisa um projeto que busca apoiar e fortalecer o Cemaden. De autoria do próprio senador Astronauta Marcos Pontes, o projeto de lei cria a Política Nacional de Gestão Integral de Risco de Desastres. A proposta foi apresentada após as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira.
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