“Se as mulheres tivessem a oportunidade de governar mais em África, haveria menos golpes e corrupção”, diz ex-chefe da diplomacia guineense

Empossada pela primeira vez como titular da pasta dos Negócios Estrangeiros em 2019, Suzy Barbosa chegou a integrar um Governo paritário, formado por oito ministros e oito ministras. Antes no Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, maior força da oposição) e agora no Movimento para Alternância Democrática/Grupo dos 15 (Madem), não se alonga quando questionada sobre a situação atual na Guiné-Bissau, mais de meio ano após a dissolução da Assembleia Nacional Popular pelo Presidente da República. “Não estou a fazer política ativa”, justifica-se.

Convidada da 7ª edição do Eurafrican Forum, que decorre esta segunda e terça-feira na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, Barbosa participou num painel sobre empreendedorismo e representação feminina. Em entrevista ao Expresso, afirma que o “grande contributo” que deu enquanto deputada e ministra foi o “aumento da participação política das mulheres, sobretudo das mais jovens, que são a maioria”.

Já sem esperança de vir a presidir à Comissão da União Africana, aconselha mais “flexibilidade” à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) depois de o bloco regional ter perdido três dos seus países-membros, governados por militares na sequência de golpes – sob pena de a CEDEAO se “desintegrar”, adverte.

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