“Temos para 2024 a entrada de 40.822 visitantes no nosso país”, avançou a diretora geral do Turismo e Hotelaria de São Tomé e Príncipe, Rute Umbelina.
Contrariamente ao anunciado no ano passado, em que a Direção do Turismo e Hotelaria informou que São Tomé e Príncipe bateu o recorde de 35.817 turistas, Rute Umbelina precisou que os dados deste ano incluem turistas, mas também excursionistas que passaram pelo país por menos de 24 horas.
No entanto, a diretora do Turismo e Hotelaria destacou que “a maior parte dos viajantes” que entraram em São Tomé e Príncipe são turistas, num total de 31.422 (77%), “que vêm na sua quase totalidade por via aérea”, enquanto 23%, num total de 9.400 pessoas, são excursionistas “que vêm por via marítima”, representando um aumento de 3.123 em 2023 para 9.400 excursionistas em 2024.
Segundo Rute Umbelina Portugal continua “a liderar o top 10” em termos de país emissor de turistas, tendo reforçado a sua posição de 46% em 2023 para 54%, equivalente a 17.092 turistas em 2024.
Os Estados Unidos passaram para a segunda posição com 2.429 turistas (8%), superando a França e a Alemanha que habitualmente ocupavam esta posição.
Em 2024, a França ficou na terceira posição com 1.609 turistas (5%), Angola na terceira com 1.457 turistas (5%), Alemanha com 1.138 (4%).
“Nós queremos aqui reforçar que o turismo não se trata apenas de viagens de lazer, de férias, mas tem outros motivos. Alguém que venha em missão, mesmo de serviço, para participar numa conferência, numa reunião de negócios ou mesmo num seminário, ele é considerado turista”, sublinhou Rute Umbelina.
Apesar do crescimento do número de visitantes nos últimos anos, a diretora de Turismo e Hotelaria de São Tomé e Príncipe considerou que o setor continua “com muitos desafios” e “ainda há muito a fazer”.
Rute Umbelina sublinhou que a instituição tem um plano estratégico que tem um horizonte de 2030, que visa, de entre outros aspetos, a qualificação da oferta turística são-tomense, requalificação de pontos turísticos e a capacitação dos profissionais do setor.
“Precisamos também melhorar a nossa comunicação com o visitante, ou seja, divulgar melhor o nosso país, trabalhar sobretudo nos meios digitais. Também precisamos envolver mais as nossas comunidades e precisamos, sobretudo também, em termos de gestão e monitorização do setor, de conseguir ter dados mais fiáveis para que possamos tomar decisões mais estratégicas e mais assertivas”, acrescentou.
Questionada sobre o impacto do aumento das taxas aeroportuárias para 220 euros que vigorou entre dezembro do ano passado e janeiro de 2025, Rute Umbelina disse que a repercussão desta medida está a ser notada agora e que, “provavelmente, pode verdadeiramente estancar a partir do final do mês de maio” porque o turista compra o seu bilhete de passagem com alguma antecedência.
No entanto adiantou que os empresários do setor privado, já informaram “que, em termos de reserva, diminuiu drasticamente, por volta de 60% a 70%”.
JYAF // JMC
By Impala News / Lusa
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