São Tomé e Príncipe é o Convidado da 46ª Feira Nacional de Artesanato

 

As artes tradicionais do arquipélago de São Tomé e Príncipe estarão em destaque na 46ª edição da Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, evento que decorrerá nos Jardins da Av. Júlio Graça, de 20 julho a 4 agosto, reunindo duas centenas de artesãos nacionais que asseguram a cobertura geográfica do País.

Este prestigiante certame, que conta com a presença dos mais diversos materiais e formas de expressão afirmando a excelência do artesanato português, é um reconhecido e incontestado evento que enaltece e defende a salvaguarda da nossa memória coletiva.

Atendendo ao sucesso alcançado no ano passado, terá lugar a 2ª edição do Concurso

Jovem Artesão*, patrocinado pelo Crédito Agrícola, que se destina a galardoar um trabalho numa das áreas do Artesanato tradicional. Com a participação de 31 artesãos, esta iniciativa visa incentivar e dar destaque à criatividade dos jovens até 30 anos.

Também com o patrocínio do Crédito Agrícola, será reeditado o Prémio Feira Nacional de Artesanato, visando dignificar o artesanato e incentivar a qualidade e a defesa de valores de raiz histórico-cultural. Subordinado ao tema LIBERDADE, o Prémio Feira Nacional de Artesanato celebra os 50 anos da Revolução de Abril.

Nas últimas edições do Prémio Feira Nacional de Artesanato, as peças apresentadas a concurso refletiram o confronto entre a tradição e as novas tendências criativas, denotando uma pesquisa de formas e de tratamento plástico que, na maioria dos casos, se adapta perfeitamente aos materiais de suporte, traduzindo-se em inovadoras propostas.

São Tomé e Príncipe em destaque

No ano de celebração dos 500 Anos do Nascimento de Camões, nome maior da cultura portuguesa, aclamado como uma das principais vozes da literatura épica mundial e que imortalizou em ‘Os Lusíadas’ a epopeia dos Descobrimentos, o arquipélago de São Tomé e Príncipe estará em destaque na Feira Nacional de Artesanato.

A ilha de São Tomé foi descoberta em finais de 1470, por João de Santarém, no dia de São Tomé; em janeiro do ano seguinte, no dia de Santo Antão, Pêro Escobar chega à ilha do Príncipe. Príncipe foi inicialmente designada como Santo Antão (“Santo António”), mudando o seu nome em 1502 para a Ilha do Príncipe, em referência ao Príncipe de Portugal, D. João II, “o Príncipe Perfeito”.

O povoamento das ilhas teve o seu início cerca de catorze anos depois dos descobrimentos. A posição geográfica privilegiada de São Tomé no Oceano Atlântico, o facto de ser despovoada e as caraterísticas do seu relevo, explicam a atração que São Tomé exerceu sobre os Portugueses que a transformaram num ponto de encruzilhada de realidades culturais provenientes de Portugal e da Costa africana, mas também da Índia e do Brasil.

São Tomé e Príncipe alcançou a independência em julho de 1975, mas a sua cultura preserva as ligações históricas ao passado herdado pela presença dos Portugueses.

O artesanato são-tomense está ligado ao estilo de vida, tradições, folclore, assim como às belezas naturais e paisagísticas das ilhas. O fabrico de obras em madeira, cestaria, conchas do mar e outros materiais constituem a base do artesanato local.

Na gastronomia existem deliciosos sabores a descobrir oriundos deste pequeno paraíso. A banana, a fruta-pão, o peixe, o búzio, e o calúlú fazem parte do cardápio que o Restaurante das Jornadas Gastronómicas da Feira Nacional de Artesanato irá proporcionar, ao jantar, nos dias 20 e 21 julho, com propostas trazidas pelos são-tomenses Mestre Chocolateira Céu Carvalho e Chef Hélio Menezes.

Dia da Rendilheira a 28 de julho

A Feira Nacional de Artesanato tem entrada gratuita, decorrendo num espaço frondoso e apetecível, ao ar livre, num recinto com 11.000 m2, onde os cerca de 200 artesãos participantes exibem as suas artes e saberes ancestrais.

A 28 julho acontece um dos momentos mais emblemáticos do evento, com a celebração do Dia da Rendilheira, em que mais de uma centena de rendilheiras, espalhadas pelo recinto, mostram ao vivo como “nasce” o ex-libris do artesanato de Vila do Conde: as Rendas de Bilros.

Jornadas Gastronómicas

Mas não só de artesanato vive esta festa das artes tradicionais portuguesas, organizada pela Câmara Municipal e pela Associação para Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde.

A música, a dança e os cantares tradicionais são uma presença constante no certame, mas, pela elevada qualidade, merecem destaque as Jornadas Gastronómicas, onde, sem sair do recinto, é possível aos visitantes percorrer o País de Norte a Sul, fazendo uma viagem pelo melhor da Cozinha Portuguesa e, nos dois primeiros dias do evento, pelos sabores da inconfundível cozinha de São Tomé e Príncipe.

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