São Tomé e Príncipe acolhe debate anual da CPLP sobre cooperação em energia e clima

Depois do Brasil, que acolheu o terceiro “Seminário de Energia e Clima da CPLP” em novembro do ano passado, é a vez de São Tomé e Príncipe, que detém a presidência rotativa da CPLP, ser o país anfitrião do evento de quatro dias organizado pelo Governo são-tomense com a Comissão Temática de Energia dos Observadores Consultivos da CPLP, a Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) e da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP).

A cooperação em matéria de energia e clima é levada a debate, na próxima quarta-feira, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cujos Estados-membros preparam a concertação de posições sobre a estratégia de atuação em bloco.

Depois do Brasil, que acolheu o terceiro “Seminário de Energia e Clima da CPLP” em novembro do ano passado, é a vez de São Tomé e Príncipe, que detém a presidência rotativa da organização, ser o país anfitrião do evento organizado pelo Governo são-tomense com a Comissão Temática de Energia dos Observadores Consultivos da CPLP, em coordenação com a Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) e da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP).

O 4.º Seminário de Energia e Clima da comunidade dos países lusófonos, cuja agenda se estenderá ao longo de quatro dias, estará direcionado para a concertação do “Roteiro de Cooperação 2030 de Energia e Clima na CPLP”. Os representantes dos vários países da CPLP e financiadores debruçar-se-ão sobre o “contributo dos mecanismos de financiamento climático para a aceleração da transição energética nos Estados-Membros da CPLP”, de acordo com uma nota de imprensa.

“Pretende-se identificar e fortalecer os eixos de cooperação estratégica da CPLP, definindo as linhas prioritárias de atuação em matéria de energia e clima que possam contribuir para a consolidação da coordenação de esforços na CPLP e para uma participação mais ativa do bloco CPLP na COP30 (a realizar-se em Novembro, no Brasil). Serão ainda debatidas estratégias e ações para a transição energética; a criação de um ambiente atrativo ao investimento; e o estímulo à cooperação económica, aprofundando o envolvimento do sector privado”, explica, ainda, a organização no mesmo comunicado.

Entre os participantes confirmados estão, de São Tomé e Príncipe, os ministros Nilda Borges da Mata, do Ambiente, Juventude e Turismo Sustentável, e Nelson Cardoso, das Infraestruturas e Recursos Naturais. A representar Portugal estará Isabel Soares, do Ministério de Ambiente e Energia. Da Guiné-Bissau irá Wiliam Pina, do Ministério de Energia de Guiné-Bissau, de Moçambique Ortigio Nhanombe, do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, de Angola Anselmo Paulo, do Ministério do Ambiente, e da Guiné-Equatorial Iram Mbasogo, do Ministério da Agricultura Pecuária Florestas e Meio Ambiente.

Adriaan Tas, da Africa Climate Summit, Lovita Ramgutee, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em São Tomé e Príncipe, Kari Larssen, do Compacto Lusófono do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD), e Samuel Oguah, do Banco Mundial, completam a lista de oradores.

Mayra Pereira, presidente da ALER, aponta para o sentido de oportunidade do evento desta semana, que decorre em vésperas do Africa Climate Summit, em Marselha, nos dias 31 de março e 1 de abril. “Nos próximos meses, teremos momentos importantes, como o Africa Climate Summit e a COP30, em que a união dos Estados-Membros da CPLP será fundamental”, defende.

“Estes eventos são oportunidades valiosas para reforçar a nossa presença e voz nas discussões sobre clima e sustentabilidade. É essencial que nos apresentemos de forma coesa e informada, destacando as nossas particularidades, desafios e conquistas, prontos para contribuir com propostas que reflitam as realidades das nossas comunidades”, acrescenta e mesma responsável.

Sobre o Roteiro de Cooperação 2030 em Energia e Clima, Gabriel Maquengo, diretor Nacional de Energia do Ministério das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe, diz que o documento “reflete o apelo da Presidência São-Tomense para a cooperação na CPLP se traduzir em ações concretas”. “O nosso objetivo passa por identificar consensos, alinhar posições e preparar a CPLP e os seus Estados-Membros para a implementação de iniciativas conjuntas, fortalecendo assim a posição, atuação e influência da Comunidade no cenário internacional”, acrescenta, citado em comunicado.

Promovido pelo Governo de São Tomé e Príncipe, o seminário terá lugar no Hotel Praia, na capital do país, no próximo dia 26 de março de 2025.

O reforço do papel da CPLP na agenda climática esteve em destaque na declaração conjunta do último encontro de ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que se reuniram em São Tomé e Príncipe no dia 18 de fevereiro. “A CPLP constitui um espaço privilegiado para a cooperação em todos os domínios e concertação política e diplomática”, lê-se na declaração ao qual o JE teve acesso, na qual os nove países garantem o apoio ao “reforço das parcerias internacionais e da participação ativa da CPLP em processos multilaterais em matéria de ambiente e alterações climáticas”.


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