Resultados da expedição Ocean Xplorer vão permitir reforçar liderança africana na ciência oceânica

Estes são alguns dos objectivos propostos pela missão que percorreu 150 mil quilómetros quadrados de leito marinho, passando por regiões como Moroni (Arquipélago das Comores) e Canal de Moçambique, pela parte sul da Dorsal de Madagáscar (Walters Shoal), Planalto de Agulhas (Monte submarino Africano).

Também percorreu áreas marinhas da Cidade do Cabo (África do Sul), o Sistema de Correntes de Benguela no Atlântico sudeste, Walvis Bay (Namíbia), Mindelo e os Montes Submarinos Nola em Cabo Verde, terminando em Las Palmas de Gran Canaria, nas Ilhas Canárias (Espanha).

Realizada entre Janeiro e Abril, a expedição, segundo os organizadores, proporcionou informações significativas e “novos dados valiosos” sobre os ecossistemas marinhos africanos, cartografou vastas áreas do fundo do mar anteriormente inexploradas e fortaleceu a liderança africana na ciência oceânica através da colaboração internacional e da partilha de capacidades.

Neste momento, embora já finda, a análise dos dados recolhidos, conforme a mesma fonte, está apenas a começar.

Os cientistas de África e de todo o mundo pretendem usar as conclusões da expedição para informar políticas de gestão ambiental e oceânica, apoiar a regulação das pescas e a conservação marinha e reforçar a liderança de África na ciência oceânica e no desenvolvimento sustentável.

Daí, a Expedição Around Africa da OceanX e OceanQuest ter sido oficialmente reconhecida pela Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável pelas suas contribuições para a partilha de capacidades e a compreensão científica do oceano, fornecendo dados valiosos para a ciência e uma governação oceânica baseada no conhecimento, asseguram.

Isto porque, de acordo com a mesma fonte, dois segmentos da expedição foram dedicados a missões em mar profundo, concebidas para aprofundar o conhecimento dos processos biológicos, geológicos e oceanográficos que moldam o leito marinho e os ecossistemas do sudoeste do Oceano Índico e do Atlântico oriental.

Ao investigar montes submarinos remotos, estudar habitats profundos e analisar a dinâmica oceânica, as equipas geraram dados de referência cruciais para apoiar a conservação marinha, a gestão sustentável de recursos e a adaptação às alterações climáticas.

A expedição teve em Cabo Verde a visita do Presidente da República, José Maria Neves, que, enquanto Patrono da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, reafirmou o “forte compromisso” e liderança de Cabo Verde no avanço do conhecimento oceânico, da conservação marinha e do desenvolvimento azul sustentável.

Também foi visitada pelo ministro do Mar, Jorge Santos, que destacou a importância da iniciativa para o conhecimento de novas espécies do país e aperfeiçoamento da cartografia marinha cabo-verdiana.

Além dos parceiros internacionais, contou com a colaboração cabo-verdiana de profissionais do Instituto do Mar (IMar), do Centro de Oceanográfico do Mindelo (OSCM) e da Universidade Técnica do Atlântico (UTA).

Ao todo envolveram na expedição 69 cientistas de 31 países e 29 instituições e 306 estudantes, educadores e profissionais em início de carreira de toda a África e do mundo.

Inforpress

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