Relações com Washington no centro da visita de Estado de Macron a Portugal

O chefe de Estado francês criticou as tarifas norte-americanas sobre os Estados Unidos, enquanto o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, acusou Donald Trump de favorecer Putin em detrimento da Europa.

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As relações com os Estados Unidos marcaram estes dois dias de visita do presidente francês, Emmanuel Macron, a Portugal, quer no plano da defesa como da economia. Nessa ocasião, o chefe de Estado francês frisou que a Europa tem de ser mais forte e competitiva, para ter mais autonomia estratégica face a Washington.

Macron aproveitou ainda a ocasião para tecer duras críticas às tarifas aduaneiras anunciadas pelos Estados Unidos contra a União Europeia.

Já o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, também acusou Donald Trump de favorecer o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em detrimento da Europa, e de estar a corroer a NATO, da qual os norte-americanos também fazem parte.

No contexto da visita do chefe de Estado francês, o primeiro-ministro Luís Montenegro sublinhou que o caminho deve ser de “diálogo, pedagogia e argumentação” com os Estados Unidos – numa altura em que a Europa ainda se debate com o desafio da guerra na Ucrânia.

A situação de Kiev no contexto de maior incerteza que se seguiu à tomada de posse de Donald Trump foi um dos temas mais presentes nesta visita de Estado de Macron a Portugal, que terminou esta sexta-feira.

A viagem do presidente francês procurou, assim, aprofundar a unidade europeia nesta e noutras questões, mas também potenciar os laços bilaterais entre Paris e Lisboa. Sendo que, esta sexta-feira, foram assinados vários acordos bilaterais que tocam questões políticas, económicas e de segurança.

Os líderes europeus têm vindo a insistir numa maior aposta na unidade e cooperação após uma mudança dramática na política externa de Washington, na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca.

As tensões entre a Europa e os aliados de longa data do outro lado do Atlântico amplificaram-se largamente depois de o presidente norte-americano ter adotado uma postura mais agressiva no seu segundo mandato.

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