Reino Unido apresenta arma inovadora que usa radiofrequência para derrubar drones, ao custo de R$ 0,61 por tiro | Tecnologia

O governo britânico anunciou na quinta-feira (16) o projeto de uma nova arma para a defesa contra ataques de drones. O Ministério da Defesa do Reino Unido descreveu a arma como “revolucionária” pelo uso das ondas de rádio para desativar o sistema eletrônico do ataque inimigo para derrubar diversos drones de uma só vez. O aparelho utiliza ondas de rádio e tem um custo de apenas US$ 0,12 por tiro (cerca de R$ 0,61).

O equipamento ainda está em desenvolvimento e é chamado de Radio Frequency Directed Energy Weapon (RFDEW, sigla em inglês para “arma de energia dirigida por radiofrequência”).

O novo equipamento pode detectar, rastrear e prevenir ataques feitos por terra, mar ou ar. “O sistema é capaz de identificar alvos que estejam a cerca de 1 km de distância. Estamos trabalhando para ampliar a capacidade”, disse o Ministério em nota à imprensa.

O RFDEW é considerado um equipamento com custo-benefício muito mais atrativo do que os mecanismos tradicionais — que utilizam o disparo de mísseis e sistemas de defesas aéreas para coibir os drones. Oficiais britânicos apontam que a arma tem efeito “imediato”.

Por causa da guerra na Ucrânia, diversos países têm reforçado o seu orçamento para o desenvolvimento de armamento de combate — e isso inclui o Reino Unido. No mês passado, o primeiro-ministro Rishi Sunak aprovou um aumento na fatia do Produto Interno Bruto (PIB) destinado ao Ministério da Defesa. O total deve chegar a 2,5% do PIB até 2030.

Segundo o ministro da Defesa, James Cartlidge, o Reino Unido já é reconhecido como uma potência nos campos da ciência e tecnologia. “O desenvolvimento do RFDEW não só torna o nosso exército mais protegido no campo de batalha, mas também mantêm o país como líder mundial em equipamentos militares inovadores”.

Já Paul Hollinshead, chefe do laboratório de tecnologia e ciência do Ministério da Defesa, acredita que o novo sistema é capaz de dar vantagem competitiva às Forças Armadas, “salvando vidas e derrotando ameaças mortais”.