O regime de Nicolás Maduro alegou na noite desta quarta-feira (7) que houve negociações para a saída do país dos opositores que ficaram mais de um ano asilados na residência da Embaixada da Argentina em Caracas, assim como da mãe da ex-deputada e líder antichavista María Corina Machado.
Durante seu programa semanal de televisão, Diosdado Cabello, ministro do Interior e segundo principal dirigente chavista – atrás apenas do ditador Maduro – negou que a saída dos opositores tenha sido resultado de uma operação de resgate, como foi noticiado na terça-feira pelos Estados Unidos, e sustentou que foi o resultado de uma negociação da qual participou Corina Parisca de Machado, mãe da ex-deputada.
“Aqueles que sabem mais ou menos dizem (que) foi baseado em uma negociação. Aqueles que dizem que não houve negociação é porque foram deixados de fora da negociação e não têm nada a dizer”, afirmou Cabello.
De acordo com a oposição e os governos dos EUA e da Argentina, cinco opositores – Pedro Urruchurtu, Magallí Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos e Omar González – que estavam na legação diplomática desde março de 2024, deixaram o país sul-americano. Cabello também rejeitou a versão e garantiu que “eram apenas quatro”.
O primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) disse que Macero deixou a residência “por conta própria” em 20 de agosto do ano passado.
“Depois, esse senhor (o ex-ministro Fernando) Martínez Mottola, que infelizmente morreu em liberdade, saiu. Ele saiu, e para onde foi Martínez Mottola? Para sua casa, porque o que eles tinham era um show”, declarou Cabello, que insistiu que “a permanência dessas pessoas na embaixada dependia delas”.
Assim, o regime chavista rompeu o silêncio que manteve por quase 24 horas sobre o que na terça-feira o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chamou de “resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de Maduro na Embaixada da Argentina em Caracas”, que, segundo ele, “agora estão seguros” em território americano.
Rubio explicou que a transferência foi feita graças a uma “operação precisa” e estendeu “sua gratidão” a “todo o pessoal envolvido” e aos “parceiros que contribuíram para a libertação segura desses heróis venezuelanos”.
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