Um avistamento inesperado de um pudu albino ocorreu recentemente em Chiloé, no Chile, especificamente na comuna de Chonchi, o que surpreendeu os moradores da ilha porque um espécime semelhante não era visto há dois anos e meio. O avistamento ocorreu em 19 de março nas áreas de Cucao e Huillinco da ilha e foi capturado em vídeo, que foi compartilhado no perfil da entidade Defendamos Chiloé, que acompanha a espécie.
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No registro, o pudu albino aparece em meio à vegetação, comendo samambaias, enquanto o som de um carro pode ser ouvido ao fundo. Segundo La Estrella de Chiloé, houve outros encontros com espécimes semelhantes na área onde o pudu albino foi avistado.
Embora o autor do registro seja desconhecido, Gabriel Piña, morador da área, afirmou ter visto o espécime “cerca de 300 metros depois da ponte El Pudu, na estrada entre Hullinco e Cucao, no setor de Leuquetro”.
“Infelizmente, não consegui fotografá-lo, mas ele parecia bem, tranquilo, embora muito próximo da pista por onde trafegam veículos, às vezes em alta velocidade, apesar dos avisos de presença de animais selvagens”, acrescentou.
A última vez que um pudu branco foi avistado foi em setembro de 2022. Na ocasião, o portal La Estrella de Chiloé, que relatou o avistamento, informou que o animal estava “desmembrado”, então presumiu-se que ele havia sido atropelado, embora seu corpo também apresentasse marcas de mordidas.
O pudu albino foi apenas avistado e não foi levado para nenhum centro de reabilitação, “algo não tão incomum”, disse ao jornal El Mercurio Javier Cabello, atual vereador regional e fundador da Chiloé Silvestre. No entanto, ele explicou que “muitos pudus” são vistos na área e que o espécime avistado não estava com nenhum tipo de problema, então não havia necessidade de ser resgatado.
O pudu é uma espécie ameaçada de extinção e, embora sua presença geralmente seja maior em Chiloé, há uma preocupação generalizada com sua conservação, pois são frequentemente relatados casos de mortes violentas desse animal, seja por acidentes de trânsito ou ataques de cães. Diversas organizações têm levantado a importância de legislar para proteger a vida selvagem nesses tipos de casos.
“Hoje em dia, um cachorro ataca um pudu, e nada acontece com os donos, ou um pudu é atropelado e passa um dia inteiro até que alguém possa vir resgatá-lo”, disse Cabello. “Vários grupos de deputados, infelizmente de forma descoordenada, conseguiram algumas modificações na Lei de Posse Responsável de Animais de Estimação, em especial na obrigatoriedade do registro de cães com microchip, prevendo sanções para donos de animais que matam animais selvagens, mas a ‘Lei Pudini’ [que busca proteger os animais selvagens de ataques de cães] como tal não avançou nem um pouco”, acrescentou.
Por sua vez, o grupo Defendamos Chiloé, que compartilhou o vídeo, escreveu: “Que este momento mágico sirva para lembrar ao parlamento e ao governo chilenos a PRIORIDADE de uma lei de conservação da VIDA SELVAGEM”.
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