Quem são os candidatos que prometem lutar pelos emigrantes na Europa?

Com as eleições legislativas, em Portugal, agendadas para 18 de maio, os partidos já anunciaram os candidatos à Assembleia da República pelo círculo da Europa – e os eventuais representantes dos cidadãos portugueses residentes neste continente, mas fora de Portugal. Este círculo eleitoral elege dois deputados para o Parlamento e estes são os principais candidatos.

Dificuldades dos emigrantes

Emília Ribeiro é dirigente associativa de longa data e conselheira das Comunidades Portuguesas em França. Candidata do Partido Socialista nestas eleições, tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos dos emigrantes portugueses. Com uma trajetória marcada pelo envolvimento em estruturas associativas e redes comunitárias, é conhecida pelo seu trabalho junto das comunidades lusófonas na região de Paris, onde reside. A sua candidatura reflete uma aposta do Partido Socialista em representantes que conhecem as dificuldades dos portugueses no estrangeiro.

Estreia nas legislativas

Ana Maria Pica, residente na Suíça, é o segundo nome na lista dos socialistas. É uma figura respeitada nas comunidades portuguesas desse país, com projetos na área da integração, no ensino da língua portuguesa e na promoção da cultura nacional. Com formação em ciências sociais, tem também colaborado com instituições locais no apoio à diáspora portuguesa, sendo esta a sua estreia em legislativas.

A defesa do setor agrícola

O Ministro da Agricultura e Pescas no atual Governo da Aliança Democrática, José Manuel Fernandes tem uma longa carreira política, sendo eurodeputado entre 2009 e 2024. Conhecido pelo seu trabalho na Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, tem pautado a sua ação por uma forte ligação às comunidades rurais e à defesa do setor agrícola. Natural de Vila Verde, onde foi Presidente da Câmara, a sua presença nas listas pelo círculo da Europa simboliza um esforço da coligação em apresentar nomes com projeção nacional e europeia.

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Um nome conhecido na emigração

O ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e deputado durante 20 anos, Carlos Gonçalves regressa à linha da frente da política institucional após uma pausa na anterior legislatura. Atualmente conselheiro social na Embaixada de Portugal em Paris, é um habitué do PSD na política para a emigração portuguesa, tendo trabalhado diretamente com associações e estruturas comunitárias em diversos países da Europa. Com vasta experiência política, é um nome bem conhecido entre os portugueses emigrados.

Emigrante durante cinco décadas

Empresário no setor da construção civil em França, José Dias Fernandes foi emigrante durante cinco décadas. Foi eleito deputado pelo Chega em 2024 e mantém-se como representante do partido pelo círculo europeu. A sua candidatura gerou alguma controvérsia devido às alegações de residência ilegal em França durante parte da sua estadia. Isso não impediu a sua ascensão dentro do partido, onde é visto como um símbolo de ligação direta à realidade dos emigrantes.

Uma investigadora, um pastor, duas engenheiras e um ativista

O candidato do ADN é o pastor evangélico e missionário Davide Pereira, residente na Finlândia, afirma ter realizado missões em 57 países, o que lhe dá uma visão global sobre questões sociais e culturais. É defensor de valores conservadores e acredita na importância da fé e da família como pilares da sociedade. Esta é a sua primeira participação em eleições legislativas.

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Residente na Alemanha, Tiago Correia é ativista ecologista e defensor de políticas europeístas e inclusivas. Com formação em relações internacionais e experiência em organizações não-governamentais ligadas à sustentabilidade, apresenta uma visão progressista e centrada na justiça climática, nos direitos das minorias e na construção de uma Europa mais integrada. A sua candidatura pelo Livre reflete o compromisso do partido com a representação de jovens qualificados e comprometidos com causas globais.

A cabeça de lista do Volt para estas eleições legislativas é Ana Carvalho, tem 28 anos, é engenheira em energias renováveis para a ONG Atmosfair, vive em Barcelona, e foi a anterior Co-Presidente do Volt Portugal (mandato 2022-2024) e Secretária-Geral do Volt em Portugal (mandato 2020-2022).

A candidata da CDU pela Europa é Joana Carvalho, tem 45 anos, é investigadora em biotecnologia no Reino Unido e quer que Portugal reforce o ensino da língua portuguesa enquanto língua materna com professores portugueses. Diz que Portugal não pode delegar o ensino da língua portuguesa a outros países e que é necessário que o país se aproxime mais das Comunidades e que as associações sejam mais apoiadas.

Com 32 anos de idade e a residir em Bruxelas, Rita Nóbrega, engenheira informática, é a cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral da Europa às eleições legislativas de 10 de março. A candidata é natural da Amadora e está na Mesa Nacional do Bloco de Esquerda desde 2023.

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