Projecto Murima wa mwana reforça educação e dignidade em Moçambique

O Projecto Murima wa mwana, que significa “Coração da Criança”, promove reforço escolar, alimentação e inclusão, em Moçambique, beneficiando 250 crianças e 42 adultos desde 2017, com apoio solidário do Brasil.

Cremildo Alexandre – Nampula, Moçambique

Fundado em 2017 pela missionária Vitória e actualmente sob direcção do biólogo e missionário Benedito Salvador, o Projecto Murima wa mwana – cujo nome é da língua local Emakhuwa, que significa “Coração da Criança” – é uma iniciativa que tem vindo a transformar vidas no distrito de Momola, província de Nampula, norte de Moçambique.

O projecto oferece reforço escolar nas disciplinas de Matemática e Português a 250 crianças dos 4 anos até à 6.ª classe, e ainda alfabetização para 42 adultos, com forte ênfase na inclusão social, na ludicidade e no convívio entre crianças de diferentes religiões e origens. “Aqui meninos e meninas estudam juntos, muçulmanos, católicos e de outras crenças, convivem em harmonia”, destaca Benedito.



Professores e outros colaboradores do projecto Murima wa mwana, em Nampula

Além das aulas, o projecto garante merenda escolar diária, contribuindo significativamente para o rendimento escolar. “Criança com fome, com sede, dificilmente aprende”, reforça o missionário. A segurança alimentar é ainda apoiada por oito hortas comunitárias, onde se cultivam plantas nativas e frutíferas, posteriormente distribuídas pelas famílias.

Com uma equipa composta por 12 professores (8 mulheres e 4 homens) e um coordenador pedagógico, o projecto mantém-se activo graças ao apoio da colecta de Pentecostes realizada anualmente pela diocese de Osório, no Rio Grande do Sul (Brasil), e a outras doações espontâneas de pessoas sensibilizadas com a causa.

Dom Jaime Pedro Kohl, bispo da diocese de Osório (Brasil) visita o projecto Murimawa mwana

Dom Jaime Pedro Kohl, bispo da diocese de Osório (Brasil) visita o projecto Murimawa mwana

Segundo Dom Jaime Khool, bispo da diocese de Osório, o objectivo da missão continua a ser a evangelização com respeito e abertura, mas ele reconhece que a promoção humana já é evangelização. “Toda vez que ajudamos alguém a alfabetizar-se, a adquirir conhecimento e dignidade, estamos a anunciar a vida”, afirma.

Oiça aqui a reportagem e partilhe

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.