De acordo com a mesma fonte, Bubacar Turé foi notificado para comparecer às 10h00 de Bissau depois de ter afirmado que “todos os doentes em tratamento de hemodiálise morreram”.
Os doentes em causa recebiam tratamento no centro de hemodiálise do hospital Simão Mendes, o principal da Guiné-Bissau, aberto em fevereiro por influência direta do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
Este centro é o primeiro de tratamento de doenças renais na Guiné-Bissau.
A mesma fonte da Liga Guineense dos Direitos Humanos indicou que a organização entregou um requerimento a solicitar o adiamento da audiência “para uma nova data”.
A organização alegou o facto do líder se encontrar fora de Bissau, numa localidade do sul do país, existindo dificuldades de acesso, pelo que a audição poderia ocorrer numa data em que Bubacar Turé já tivesse chegado à capital guineense.
Turé encontrava-se nessa localidade quando, no sábado, homens armados se deslocaram à sua residência “com o objetivo de o prender, sequestrar e até assassinar”, segundo a Liga dos Direitos Humanos.
O Presidente guineense negou esta versão e afirmou que se tratavam de agentes da Justiça que o tentaram notificar. Embaló acrescentou que Turéterá de responder para provar as suas afirmações.
Sissoco Embaló garantiu que “ninguém morreu” no centro de tratamento de hemodiálise, como afirma Bubacar Turé.
“Porque é que ele se esconde?”, questionou ainda, em declarações no aeroporto de Bissau, na segunda-feira, no regresso de deslocações ao estrangeiro.
Em nota enviada hoje à Lusa, o gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público considerou a alegada perseguição a Bubacar Turé de “falsa e destituída de qualquer verdade” e afirmou também que este terá de responder à Justiça pelas suas declarações.
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