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Os presidentes dos Congressos do Brasil, senador Davi Alcolumbre, e do Paraguai, senador Basilio Núñez, estiveram na usina de Itaipu nesta sexta-feira (11) para conhecer as iniciativas da Binacional voltadas à segurança energética e sustentabilidade.
A visita também teve como objetivo o fortalecimento da agenda bilateral entre os dois países. Os parlamentares foram recebidos pelos diretores-gerais de Itaipu, Enio Verri (Brasil) e Justo Zacarías Irún (Paraguai), e acompanharam uma apresentação sobre o papel socioeconômico da hidrelétrica, conduzida pelos diretores financeiros André Pepitone da Nóbrega e Rafael Demetrio Lara.
“A minha vinda aqui foi com o interesse de estabelecer uma aproximação na relação interparlamentar. A presença do presidente do Senado do Paraguai neste encontro, acompanhado com a sua delegação de colegas senadores, faz com que possamos estreitar o nosso relacionamento do ponto de vista de Parlamento. Essa integração é fundamental”, enfatizou Alcolumbre, que convidou Basilio Núñez a visitar o Congresso, em Brasília – e recebeu o convite para conhecer o Congresso paraguaio.
O senador brasileiro também destacou o papel da Itaipu para a segurança energética e como indutor do desenvolvimento dos países sócios do empreendimento, conforme estabelece a missão da empresa. “Estou muito entusiasmado com o que estou vendo aqui, com a grandiosidade dessa obra feita pelo Estado brasileiro com o país irmão, que é o Paraguai”, disse. “Enquanto presidente do Senado e presidente do Congresso Nacional, chefe do Poder Legislativo brasileiro, eu quero que seja a mais exitosa possível essa relação entre os países e entre os parlamentos”, completou.
Basilio Núñez disse que o diálogo com par brasileiro foi positivo e contribui para o aperfeiçoamento do processo de integração regional. “Paraguai e Brasil são repúblicas irmãs. Mais que diferenças, temos que ter coincidências”, ressaltou, mencionando que o Brasil é um país continental, com mais de 200 milhões de habitantes, ao passo que o Paraguai soma cerca de 7 milhões de pessoas em seu território e tem na Itaipu um importante instrumento para o desenvolvimento de políticas públicas sociais e econômicas.
“É importante lembrar que só existe uma Itaipu”, observou Enio Verri, refutando a ideia de uma usina brasileira e outra paraguaia. “Itaipu é única e é modelo no mundo pelo gigantismo da obra, pelo compromisso socioambiental e pela experiência de integração entre dois países. Água no mundo é motivo de guerra; aqui na Itaipu é motivo de paz e união entre dois povos. Temos aqui uma relação invejável, com grandes resultados e uma gestão competente e exitosa.”


Para o diretor-geral paraguaio da Itaipu, Justo Zacarías, o encontro entre os presidentes dos Legislativos dos dois países simbolizou um momento especial de aproximação. “Hoje estamos vivendo uma verdadeira festa da integração, com a presença dos presidentes dos Senados do Brasil e do Paraguai, que vieram conhecer de perto o que é Itaipu e, ao mesmo tempo, dialogar sobre esse tema que chamamos de diplomacia parlamentar”, destacou.
Modicidade tarifária


Em sua apresentação aos senadores, André Pepitone e Rafael Demetrio Lara falaram sobre a natureza jurídica da Itaipu, aspectos de governança e os mecanismos de controle adotados pela companhia, que incluem assessoria de Compliance, Ouvidoria e Auditorias Interna e Externa, que verifica a conformidade das demonstrações contábeis com as normas internacionais de contabilidade e a Lei Sarbanes-Oxley (SOX).
Pepitone também detalhou o acordo firmado pelos governos do Brasil e do Paraguai, em abril de 2024, e os aportes na Conta de Comercialização gerida pela ENBPar (US$ 301 milhões em 2024), que permitiram que a tarifa de energia da Itaipu tenha hoje um preço vantajoso para o consumidor brasileiro. “Avaliando o histórico da Tarifa de Repasse da Itaipu e as tarifas das usinas cotistas, constata-se que a Itaipu passou a ter uma tarifa competitiva, contribuindo para a modicidade tarifária no Brasil”, reforçou.
Ainda segundo o diretor, a aprovação das Demonstrações Contábeis Anuais (exercício de 2024), nesta semana, pelo Conselho de Administração da Itaipu, comprova a eficiência, a sustentabilidade e a solidez financeira da empresa.
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