Presidente da Liga dos Direitos Humanos “é um cidadão livre” – DW – 23/04/2025

Bubacar Turé apareceu hoje publicamente, em Bissau, mais de uma semana depois da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) ter denunciado que a casa do ativista tinha sido invadida por homens armados.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos foi até ao Ministério Público para responder no âmbito de uma denúncia que fez sobre alegadas mortes de pacientes em tratamento de hemodiálise no maior hospital do país.

À saída das instalações do Ministério Público, a advogada de defesa de Bubacar Turé, Beatriz Furtado, disse que o ativista saiu sem que tenham sido aplicadas medidas de coação.

“A audição de Bubacar Turé correu bem”, destacou. “O Dr. Bubacar está livre, é um cidadão livre. Ele não foi detido, nem era para ser, porque foi um denunciante de factos que provavelmente terão ocorrido no centro de hemodiálise. “

Turé denunciou supostas mortes de pacientes que fizeram tratamento no recém-inaugurado centro de hemodiálise no Hospital Nacional Simão Mendes. As autoridades guineenses negaram imediatamente as alegações.

“Ele não é uma pessoa qualquer”

Armando Lona, líder do movimento cívico Frente Popular, salienta, no entanto, que Turé fez a denúncia como presidente de uma organização credível no país.

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“Ele não é uma pessoa qualquer. Fala com dados”, disse Lona em entrevista à DW. “Por se tratar de uma declaração gravíssima, encorajamos o Ministério Público a avançar com as investigações para apurar o que passou realmente nesta unidade de hemodiálise.”

Apesar de Turé ter sido ouvido hoje no Ministério Público apenas como declarante, o líder da Frente Social continua a achar que há uma “tentativa de silenciar” Bubacar Turé.

“Numa situação normal, o que as autoridades devem fazer perante esta denúncia gravíssima é imediatamente abrir um inquérito. É o mínimo que se faz num país onde existem leis, mas na Guiné-Bissau aconteceu o contrário, houve uma tentativa de sequestro, uma invasão à sua residência.”

Em declarações aos jornalistas, a porta-voz da equipa de defesa do presidente da Liga tranquilizou a opinião pública.

“Vamos deixar o Ministério Público continuar com a investigação da denúncia feita para apurar as verdades e recolher os factos. Até aqui está tudo bem. Estamos disponíveis em colaborar com a investigação”, afirmou Beatriz Furtado.

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