Presa por morte de modelo só fez 3 períodos de medicina no Paraguai

Empresária não tinha autorização para realizar aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato). Embora fosse dona de uma clínica de estética e realizasse procedimentos que exigem conhecimentos técnicos na área de saúde, a empresária não possui formação em medicina ou biomedicina e apenas fez “cursos livres de estética”, segundo a delegada.

Curso de medicina tem duração média de seis anos no Brasil e no Paraguai, fora o tempo de especialização em dermatologia. Os brasileiros que completarem a graduação em outro país devem fazer a prova do Revalida para ter autorização de exercer a profissão no Brasil, com registro no Conselho da classe.

Clínica não tinha alvará para funcionamento, nem responsável técnico, conforme a delegada. “É uma exigência para qualquer estabelecimento comercial na área de saúde e estética para esclarecer as atividades realizadas. Tem atividades mais simples — como micropigmentação e massagens — e outras mais complexas, como a utilização de substâncias injetáveis, que trazem riscos ao paciente”.

Local foi interditado pela Polícia Civil de Goiás. O estabelecimento funcionava em Goiânia, mas foi fechado após a morte da modelo e influenciadora Aline Ferreira, 33, que veio a óbito dias após aplicar PMMA nos glúteos — Ferreira morreu na terça-feira (2), em Brasília, menos de dez dias após ser submetida ao procedimento estético, que teria sido realizado por Grazielly, conforme depoimento do marido da vítima à polícia.

Grazielly foi detida na quarta-feira (3) no momento em que realizava procedimento em outra paciente. Segundo a investigação, na ocasião a empresária tinha acabado de fazer uma sessão de limpeza de pele em uma cliente, além de ter fornecido informações sobre um procedimento de botox para a mulher.

Empresária é investigada por exercício ilegal da medicina, por executar serviço de alta periculosidade sem ter capacitação técnica e por crime contra a relação de consumo ao induzir os consumidores ao erro. A polícia também investiga se Grazielly cometeu crime de lesão corporal com resultado de morte em referência ao caso da modelo. O UOL não conseguiu localizar a defesa da empresária. O espaço segue aberto para manifestação.


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