Prémio literário Almada Negreiros lançado em São Tomé e Príncipe no valor de 5 mil euros


por Lusa,    8 Maio, 2025


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A Imprensa Nacional-Casa da Moeda de Portugal, lançou hoje em São Tomé a primeira edição do prémio literário Almada Negreiros no valor de 5 mil euros, destinados à valorização literária e promoção da cultura são-tomense.

“Será um prémio destinado à cidadãos são-tomenses e, na nossa opinião, constitui um gesto concreto da valorização da criação literária no país, incentivando novas vozes, incentivando e fomentando a produção literária local”, disse a presidente do Conselho de Administração Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Dora Moita, no lançamento do prémio, no Centro Cultural Português, em São Tomé.

Dora Moita, acrescentou que o prémio literário Almada Negreiros “é também uma oportunidade de fortalecer os laços culturais entre Portugal e São Tomé e Príncipe promovendo o diálogo entre culturas, gerando novos espaços de expressão em língua portuguesa”.

“Mais do que uma distinção literária, o Prémio Almada Negreiros pretende-se afirmar como o ponto de encontro entre o passado e o futuro, entre a memória e criação, entre a herança e inovação e celebrando a literatura como veículo de identidade, de expressão e de pertença”, sublinhou Dora Moita.

A abertura das candidaturas deverá ser em outubro e os vencedores da primeira edição serão conhecidos no próximo ano.

Para a ministra da Educação, Cultura e Ensino Superior de São Tomé e Príncipe, Isabel Abreu esta iniciativa pretende alcançar cinco objetivos, entre os quais homenagear o legado de Almada Negreiros, “reconhecendo a sua vasta, multifacetada contribuição artística”, promover a literatura “como campo privilegiado da imaginação, da crítica e do diálogo”.

Isabel Abreu considerou ainda que o prémio visa reconhecer e premiar o mérito de autoras e autores contemporâneos, incentivar o aparecimento de novos talentos e “contribuir para o enriquecimento da vida cultural nacional da língua portuguesa”.

Almada Negreiro é filho de mãe são-tomense e pai português, nasceu a 7 de abril de 1893 na Roça Saudade, Freguesia da Trindade, em São Tomé e faleceu a 15 de junho de 1970, aos 77 anos.

Segundo a ministra da Edução são-tomense, Almada Negreiros “foi um artista total, escritor, poeta, pintor, ensaísta, dramaturgo, conferencista e teve um papel crucial na primeira vaga do modernismo português”.

O embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Luís da Silva, considerou que ao atribuir o nome de Almada Negreiros a este prémio, é um reconhecimento da “força da originalidade, a coragem da inovação e a ousadia de pensar o mundo através da arte”.

“Que este Prémio seja palco de novas descobertas literárias, de vozes que desafiem, que encantem, que revelem o que muitas vezes permanece por dizer e que seja uma homenagem aos escritores são-tomenses e à língua portuguesa. Com este gesto, reforçamos o nosso compromisso com a valorização da língua portuguesa, a sua preservação e a sua difusão como ferramenta de diálogo intercultural e de desenvolvimento humano”, acrescentou o embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe.

O lançamento do prémio literário Almada Negreiros enquadrou-se no âmbito da celebração Dia da Língua Portuguesa, que hoje se assinala, e ficou ainda marcada pela doação de vários livros pela Imprensa Nacional à Biblioteca Nacional de São Tomé e Príncipe.

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