O Presidente da República, José Maria Neves, apelou hoje à união de todos os cabo-verdianos, independentemente da sua sensibilidade política e social, em torno dos grandes desígnios nacionais.
“O meu apelo nestes 50 anos de independência é no sentido da união de todos os cabo-verdianos, independentemente da sua sensibilidade política e social, em torno dos grandes desígnios nacionais. Somos 10 ilhas e uma diáspora espalhada pelo mundo. Somos diferentes e, felizmente, porque estamos em democracia, divergimos e discordamos em muitos pontos e momentos”, declarou.
José Maria Neves fez este apelo quando presidia a sessão solene comemorativa do Dia do Município da Praia, que este ano celebra 49 anos de elevação a concelho, realizada hoje, na Assembleia Nacional.
Nestes 50 anos de independência, salientou o chefe de Estado, todos os cabo-verdianos estão convocados juntos para celebrar os imensos ganhos realizados, em especial nos sectores cruciais como a saúde e a educação.
“Devemos convergir na prioridade à justiça social, à transparência e ao bem-estar comum”, declarou.
Segundo José Maria Neves, há necessidade de os cabo-verdianos aproveitarem todas as potencialidades do país em geral e de cada município em particular para abrirem-se para novas possibilidades de futuro.
“Temos que pensar nesse futuro, andar mais depressa e inovar, de forma a responder aos desafios que se nos colocam. Quer dizer que devemos ser mais eficientes na forma como fazemos as coisas e mais eficazes nos resultados, para evitar a estagnação ou o retrocesso”, afirmou, afiançando que só assim se conseguirá impulsionar o desenvolvimento local e atingir os resultados que Cabo Verde justamente ambiciona.
Lembrou, por outro lado, que recentemente foram publicados os dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano, ressaltando que é notório que Cabo Verde está a perder velocidade, o que por sua vez, causa uma certa preocupação.
Defendeu, neste sentido, a necessidade de mudanças profundas na saúde, na educação e no rendimento, dando mais prioridade à justiça social e ao bem-estar comum, considerando que para isso é preciso gerar mais empregos, combater as assimetrias regionais, melhorar os salários e os vencimentos e combater a pobreza e as gritantes desigualdades sociais.
Crédito: Link de origem