Portugal terá terceira eleição em três anos se governo for derrubado hoje

O Parlamento de Portugal debaterá hoje a moção de confiança apresentada pelo governo, que não tem maioria na Casa. A oposição já antecipou que votará contra. Se nada mudar, será a queda do Executivo liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.

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Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e Chega, de extrema direita, têm os votos necessários. Uma vez reprovada a moção, o governo cai.

Diante da queda iminente, o governo reuniu na segunda-feira o conselho de ministros e aprovou medidas em diversos setores.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, antecipou o possível período das eleições legislativas, que serão entre 11 e 18 de maio.

O chefe de Estado vai se reunir com os partidos e convocar o Conselho de Estado antes de dissolver o Parlamento e organizar a terceira eleição em três anos.

A situação do primeiro-ministro ficou insustentável após vir à tona, em reportagens na imprensa portuguesa, que a sua empresa, Spinumviva, recebe pagamentos mensais por consultoria e proteção de dados.

Montenegro tentou se explicar duas vezes no Parlamento, que protocolou duas moções de censura em 12 dias. Os partidos consideraram que as explicações não foram suficientes e o PS apresentou uma CPI para investigar o premier.

Montenegro será novamente o candidato da Aliança Democrática, de centro-direita, que governou por um ano até agora.

O Executivo apertou as regras de imigração e a fiscalização aos imigrantes com base em “percepções”, sem dados estatísticos, enquanto problemas na Saúde e Educação se agravavam com a falta de médicos e professores.

Os adversários prometem atacar a campanha de Montenegro, que será marcada pelo escândalo familiar que respinga na carreira política.

Um cenário distinto do último ano, quando se apresentou como solução após nove anos de governo de António Costa (PS), que se demitiu ao saber que estava sob investigação.

O principal adversário de Montenegro é Pedro Nuno Santos. Ele substituiu Costa na liderança do PS, mas sem herdar o carisma do antecessor.

A ultradireita poderá crescer se mantiver a progressão das últimas eleições. Porém, a terceira força no Parlamento perdeu credibilidade junto aos eleitores após diversos episódios negativos envolvendo seus deputados.

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