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Portugal é o país da União Europeia (UE) com maior desigualdade de rendimentos entre pessoas que têm 65 ou mais anos. É também o décimo país do mundo onde a idade de reforma é mais avançada. Atualmente os portugueses só podem pedir a reforma, sem sofrerem penalizações, aos 66 e quatro meses mas, a OCDE estima que este número possa aumentar para os 68 anos no ano de 2060.
A cada três anos, a Comissão Europeia avalia a fundo vários indicadores para perceber se os sistemas de pensões estão a ajudar a evitar a pobreza e a garantir uma transição justa para a reforma. Um deles compara os rendimentos de quem tem 65 ou mais anos.
Para medir a desigualdade salarial, em cada país do bloco, comparou os rendimentos dos 20% mais ricos com os dos 20% mais pobres. Concluiu que Portugal é o país onde a diferença é maior. Os mais ricos recebem cinco vezes mais. Países como a Itália e Espanha acompanham-nos no topo da lista, enquanto no extremo oposto surgem a Eslováquia, a República Checa e os Países Baixos.
Ao longo da última década o indicador aumentou tanto na União Europeia como em Portugal. No entanto, dados não permitem avaliar o impacto dos cortes de pensões aplicados durante a Troika.
Contrariamente à tendência na União Europeia, em Portugal a desigualdade de rendimentos entre os idosos é semelhante à da população ativa. O sistema de pensões português não ajuda a atenuar a diferença. É dos menos progressivos e atrás fica apenas a Hungria.
Os sistemas mais progressivos, como o da Dinamarca e o da República Checa, têm fatores que contribuem para isso, como tetos nas pensões mais elevadas e prestações limitadas para rendimentos mais altos.
Portugal é o décimo país do mundo onde a idade de reforma é mais avançada. Atualmente, o pedido sem penalizações pode ser feito aos 66 anos e quatro meses mas, para o ano está previsto que aumente mais três meses. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que até 2060 possa chegar aos 68 anos.
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