O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, desvalorizou, este domingo, a ausência de representação portuguesa na cimeira que decorre hoje em Londres, no Reino Unido, no âmbito do apoio à Ucrânia.
“Estamos muito ativos na nossa diplomacia. Teremos o Conselho Europeu a 6 de março, estamos em contato direto com os nossos vários aliados, incluindo o Reino Unido”, referiu, em declarações aos jornalistas.
Reconhecendo que os acontecimentos dos últimos das a nível internacional causaram uma “mudança geopolítica muito importante” e que esta terá consequências, Rangel destacou: “Para nós, a relação com os Estados Unidos também é prioritária e fundamental. Ainda ontem o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o disse: existe, obviamente, uma expetativa de que conseguiremos por um lado levar a bom porto o acordo que a Ucrânia e os Estados Unidos deveriam ter assinado na sexta-feira e criar os canais de comunicação para que todos os lados – cada um com o seu grau de compromisso, agora diferente por parte dos EUA – estejam envolvidos numa solução de paz.“
Note-se que vários líderes europeus estão reunidos em Londres com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dias depois de ter ficado suspensa a assinatura de um acordo com Washington e Kyiv sobre os minerais raros da Ucrânia.
A assinatura, que poderia ser um passo no caminho de uma solução de paz no conflito com a Rússia, foi cancelada depois de Zelensky e o sue homólogo norte-americano, Donald Trump, terem uma altercação na Sala Oval. Trump acusou Zelensky de “ingratidão” para com os EUA e a tensão subiu, com o presidente norte-americano a dizer a Zelensky que este estava a “apostar com a III Guerra Mundial.
Após o momento, Zelensky disse que achava “não ter feito nada de errado” e defendeu que algumas matérias fossem discutidas sem a presença de jornalistas.
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