Por ocasião do Dia Mundial da Água, que se celebra amanhã, 22 de março, foi hoje publicado pela WWF e pela GlobeScan, o estudo ‘Agenda do Futuro da Água: Como a água pode liderar o caminho para a sustentabilidade e a ação coletiva’.
O documento detalha as principais preocupações globais, com a poluição da água vista como uma questão “muito grave” por 78% das pessoas em Portugal. As três outras questões mais preocupantes indicadas pelos inquiridos no nosso país são o esgotamento dos recursos naturais (também com 78%), a escassez da água (73%) e a perda de biodiversidade (71%). Os inquéritos do estudo foram realizados no final de 2024.
“Os desafios da água estão no topo da lista de problemas ambientais globais das pessoas, o que não é de estranhar dada a sua necessidade absoluta para a nossa sobrevivência individual e coletiva. Em todo o mundo, a poluição, as secas, as inundações e a perda de biodiversidade de água doce estão a ameaçar cada vez mais os meios de subsistência, as comunidades e a economia. Em Portugal, as pessoas encaram as questões relacionadas com a água como problemas globais graves e já os sentem na pele em algumas zonas do país”, afirma Catarina Grilo, Diretora de Conservação e Políticas da WWF Portugal, citada em comunicado.
De acordo com o inquérito, mais de dois terços das pessoas acreditam que os governos e as empresas são os principais responsáveis pela conservação e proteção da água considerando, no entanto, que o seu desempenho necessita de ser melhorado. Em Portugal, 66% das pessoas considera que cabe ao governo agir para conservar este recurso natural, e 61% considera que essa é uma responsabilidade também das empresas.
Este estudo mostra que a água doce “é um dos temas mais sensíveis e difíceis a nível da conservação da natureza e que mais esforços colaborativos são necessários para dar resposta ao agravamento dos riscos relacionados com a água”, lê-se na nota.
A WWF Portugal adianta que a escassez hídrica “é um problema que afeta mais de metade da população mundial e que pode levar algumas regiões a registar uma diminuição de 6% do PIB até 2050. Para além disso, mais de metade da produção alimentar mundial está em risco de falhar nos próximos 25 anos devido à crise da água, as inundações e secas extremas estão a aumentar e as populações de espécies de água doce caíram 85% desde 1970”, lamenta.
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