Polícia espanhola e portuguesa desmantelam rede de tráfico de cocaína entre América do Sul e Canárias
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A operação ‘Sombra Negra’ resultou na detenção de 48 pessoas, apreensão de quase quatro toneladas de cocaína, 11 lanchas rápidas, armas, veículos, dinheiro e propriedades. A rede utilizava métodos sofisticados, incluindo comunicações encriptadas e uma embarcação abandonada para armazenar combustível.
Uma operação internacional, coordenada pela polícia espanhola e com o apoio das autoridades portuguesas, desmantelou uma das maiores redes de tráfico a operar entre a América do Sul e as Ilhas Canárias. Foram apreendidas quase quatro toneladas de cocaína.
As autoridades arrombaram portas pela calada da noite, aproveitando o efeito surpresa para deter os traficantes antes que pudessem reagir.
Ao todo, realizaram-se 29 buscas domiciliárias em três ilhas das Canárias, onde a rede de narcotráfico, dedicada a trazer cocaína do Brasil e da Colômbia, tinha vários cabecilhas instalados.
48 pessoas foram detidas na operação “Sombra Negra”, coordenada pela Polícia Nacional espanhola, que avançou para o terreno esta terça-feira.
Esta ação é o resultado de uma investigação que durou meses e que permitiu, desde o início do ano, apreender quase quatro toneladas de cocaína a esta rede de tráfico.
Os agentes apreenderam ainda 11 lanchas rápidas, que desempenhavam um papel fundamental. Os traficantes usavam-nas para recolher a droga de embarcações maiores, em vários pontos do Atlântico.
Para dar assistência às lanchas rápidas, recorriam a uma embarcação abandonada há 44 anos junto a Lanzarote, onde escondiam combustível para abastecer as lanchas durante os percursos.
A rede de tráfico era sustentada por mecanismos que a polícia espanhola classificou de sofisticados: falavam em código, usavam sistemas de comunicação encriptada e terminais por satélite para se protegerem de eventuais escutas.
As autoridades apreenderam ainda três armas de fogo, 69 veículos — incluindo 19 embarcações e motas de água —, 100 mil euros em dinheiro, várias contas bancárias e seis casas.
A operação contou com o apoio da Europol e a colaboração de polícias de ambos os lados do Atlântico, incluindo a Polícia Judiciária portuguesa.
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