O primeiro-ministro são-tomenses, Américo Ramos, quer fortalecer a parceria com as igrejas face ao papel que as mesmas desempenham no apoio espiritual e mudança de comportamento social. O chefe do governo reuniu-se esta tarde em separado com os líderes das igrejas católica, adventista e evangelista.
Dom João Nazaré, bispo da Igreja Católica, destacou na conversa com o primeiro-ministro a preocupação no que toca a fuga massiva de quadros para o estrangeiro, sobretudo, Portugal.
“Olhamos para as pessoas, parece que estão todas desanimadas, toda a gente quer sair. Pessoas, muitas vezes, com emprego, com casa, vêm para isto e muitas vezes dizem que eu vou e nunca mais voltarei. Não, isso não é a melhor atitude, não é o melhor comportamento. Temos que olhar para este país como um país pequeno, com um futuro, então o futuro só poderá ser construído se nós todos pusermos e dermos a nossa contraparte para a construção deste país”.
Por seu lado, o pastor Dias Marques, porta-voz da Igreja Adventista do 7º dia, realçou a necessidade de união para levar o país a bom porto.
“Todos juntos ainda somos poucos, tanto isto é mesmo na Igreja e em toda parte, então vamos fazer força juntos para levar avante o bom porto, aquilo que Deus quer que nós façamos, juntos com os órgãos de soberania e com todo o povo, porque bom governo, bom povo, então nós estamos nisso para ajudar e dar o nosso contributo”.
O líder da igreja evangelista também se reuniu com o chefe do governo. Cândido Afonso disse que foi um encontro de troca de experiência entre um líder religioso e outro líder político.
“Essa nossa experiência serve para ajudar a governação, foi isso que eu trouxe, bom conselho do mestre, se me permitirem dizer assim, no entanto, deixei essa nossa experiência de crescimento, de desenvolvimento, de serviço”.
O governo são-tomense procura a colaboração das confissões religiosas para o desenvolvimento social e econômico do país.
Óscar Medeiros – Correspondente RDP África em São Tomé e Príncipe
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