Pierre Bruny emociona participantes da Festa da Bandeira do Haiti

No palco da 2ª Edição da Festa da Bandeira do Haiti, realizada no dia 18 de maio de 2025 em Toledo/PR, o presidente do M.A.L.E e diretor jurídico da Embaixada Solidária, Pierre Erick Bruny, fez um discurso histórico, que ultrapassou o simbolismo da data e se consolidou como um chamado ao despertar nacional haitiano. Falando como um verdadeiro estadista, Bruny uniu memória, denúncia e esperança em palavras que emocionaram e provocaram reflexão.

O discurso foi proferido em crioulo haitiano, idioma materno do presidente, e foi traduzido simultaneamente para o português para que todos os presentes, haitianos e brasileiros, pudessem compreender a profundidade de suas palavras.

“Meus irmãos, minhas irmãs, meus queridos compatriotas…” — foi assim que ele iniciou sua fala, saudando seu povo com respeito ancestral. Em seu discurso, Pierre prestou reverência aos antepassados que deram a vida pela liberdade do Haiti, evocou as forças espirituais do cosmos e reafirmou o compromisso do M.A.L.E com a reconstrução do ser haitiano e da pátria.

Bruny destacou que o 18 de maio, data em que foi criada a bandeira haitiana, não deve ser comemorado com fanatismo ou indiferença. “Essa é uma data sagrada, que deve ser celebrada por mulheres e homens valentes, prontos para escrever uma nova página da história do seu país.”

Com firmeza, afirmou que o Haiti precisa voltar à sua essência, resgatar sua soberania, seus símbolos e seu povo. Citando os fundadores da nação, homenageou tanto as mulheres quanto os homens que marcaram a luta pela independência. Lembrou figuras como Cecile Fatima, Sanite Bélair, Marie-Jeanne Lamatinière, e o imperador Jacques 1º, reafirmando que o Haiti é herdeiro de uma história construída com coragem e dignidade.

Ao propor uma nova revolução — não por ideologia política, mas por justiça — Bruny declarou: “Nossa revolução não é a favor nem contra capitalismo, socialismo ou comunismo. Nossa revolução é contra a miséria, contra a insegurança, contra o desemprego, contra a alienação e o fanatismo. É uma revolução por dignidade e liberdade.”

Num trecho forte, ele afirmou: “O Haiti não precisa de um homem rico, porque o Haiti já é rico. O que precisamos é de haitianos comprometidos com sua pátria, com espírito formado na consciência nacional.”

O discurso seguiu defendendo educação, cultura, justiça e segurança como pilares fundamentais para uma verdadeira soberania. Com clareza e coragem, Bruny denunciou o imperialismo internacional — especialmente das grandes potências —, mas alertou que antes de enfrentar o inimigo externo, é preciso vencer o imperialismo interno, feito de traições, corrupção e conivência local.

Encerrando sua fala, Bruny fez um compromisso público com o povo haitiano:

“Eu me comprometo a deixar um Haiti com dignidade, um Haiti com soberania real, um Haiti para os haitianos, com justiça, educação e segurança. Um Haiti que honre a memória dos nossos ancestrais. E você, está pronto para assumir essa missão?”

O público presente respondeu com aplausos, lágrimas e silêncio reverente. Foi uma fala que não apenas marcou o evento, mas que deve ecoar por muito tempo entre aqueles que ainda acreditam que é possível reconstruir o Haiti com coragem, memória e unidade.

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