“Petróleo não pode ser principal âncora do crescimento”

Falar da estratégia de diversificação da economia angolana requer que se fale de Turismo. À margem da conferência Doing Business Angola 2025, o titular da pasta do Turismo, Márcio Daniel, falou com o JE sobre a estratégia do Governo para o setor.

O turismo corresponde a 1% do PIB. Como é que se faz crescer o peso do setor na economia angolana?
Temos uma estratégia muito clara. A nossa grande aposta passa pelo turismo interno. Temos de criar boas condições para que os angolanos possam usufruir da indústria da hospitalidade que existe em Angola; criar uma cultura e um awareness nacional para a ideia do turismo. E melhorar a capacidade de receção de turistas, sejam eles nacionais, sejam internacionais, e de os nossos operadores responderem à procura de turismo. Esta alavanca sólida – porque os internacionais apenas vêm para Angola fazer o que os angolanos já fazem – é que vai ser a base para o crescimento do nosso turismo. Do ponto de vista da atração do turismo internacional, devemos ter uma oferta semelhante àquela que os principais países exportadores de turistas encontram nos grandes destinos turísticos.

E como?
Combinando três elementos essenciais, como a identificação das áreas turísticas. O nosso potencial turístico é diversificado: floresta tropical, savana, quedas de água, praias, etc. Vamos juntar agora a componente das infraestruturas de apoio à indústria da hospitalidade nas áreas turísticas. E a parte financeira. Se tivermos a área turística já devidamente identificada, com a infraestrutura básica, como estradas, energia, água, telecomunicações, mais facilmente conseguimos alavancar investimento de recursos que se encontram ociosos pelo mundo, que apenas procuram um bom local com boa rentabilidade para investimento.

E é essa combinação local, turístico, infraestrutura e financiamento que vai fazer com que nasçam cidades turísticas. Recentemente, o governo declarou a ilha de Luanda como área turística. O mesmo vamos fazer em locais como o Mussulo e Cabo Ledo. E na nossa pérola do turismo, que é o Namibe, onde vamos desenvolver destinos turísticos de excelência.

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