Foto: Reprodução/Agência Andina
No âmbito da gestão de áreas naturais protegidas (ANP), no Peru, são priorizadas estratégias de conservação para o macaco-barrigudo-de-cauda-amarela (Lagothrix flavicauda), espécie endêmica das florestas montanhosas. Esses ecossistemas são geridos pelo Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp), entidade pertencente ao Ministério do Meio Ambiente (Minam).
“Esses são espaços essenciais para garantir a conservação da espécie, bem como a proteção dos territórios que sustentam sua sobrevivência, especialmente em regiões como Amazonas e San Martín, onde os PNAs funcionam como polos de conservação e conectividade ecológica”, disse Marco Arenas, Diretor Geral de Diversidade Biológica do Sernanp.
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Nesse sentido, Arenas disse que o Ministério está participando da formulação do Plano de Ação Específico para a Conservação do Macaco-barrigudo-de-cauda-amarela e seu Habitat (PEAC), em coordenação com os governos regionais da área onde a espécie vive, o Serviço Nacional de Florestas e Vida Selvagem (SERFOR), o Sernanp e a organização Yunkawasi. Isto, em conformidade com a Lei nº 32.100.
Desde a entrada em vigor desta disposição legal, o setor do Meio Ambiente realizou cerca de uma dezena de ações de capacitação e assistência técnica para os governos regionais de La Libertad, San Martín, Huánuco e Amazonas, enfatizando a formulação de projetos de investimento público para recuperar a diversidade biológica e os serviços ecossistêmicos que impactam a proteção do macaco-barrigudo-de-cauda-amarela.
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As ações de conservação estão alinhadas com a Meta 4 do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, que promove a recuperação de espécies ameaçadas, bem como com os objetivos da Estratégia Nacional de Diversidade Biológica 2050 liderada pelo Minam, que estabelece ações específicas para prevenir extinções e recuperar populações criticamente ameaçadas.
“Com a organização Yunkawasi, estamos consolidando mecanismos de cooperação. Em breve, será assinado um acordo para ampliar o escopo das ações de apoio à conservação da vida selvagem no país”, afirmou. Desta forma, contribui para o cumprimento das metas nacionais de biodiversidade para 2030 e dos compromissos assumidos pelo Peru em nível internacional.
O macaco peludo de cauda amarela é encontrado no Santuário Nacional da Cordilheira de Colán, na Reserva Comunal Chayu Nain, na Zona Reservada do Río Nieva, no Parque Nacional do Río Abiseo e na Floresta de Proteção Alto Mayo; e em diversas áreas regionais como Vista Alegre – Omia, Bosques de Shunté e Mishollo; e a Cordilheira da Escalera.
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Além disso, em Junín, está em tramitação a proposta da Área de Conservação Regional San Cristóbal de Pucutá – Menkori, onde a espécie também é encontrada.
O setor Meio Ambiente continuará promovendo uma abordagem territorial, participativa e multissetorial para a conservação do macaco-barrigudo-de-cauda-amarela, que aparece na lista internacional de primatas ameaçados de extinção.
“É uma espécie prioritária tanto pelo seu valor ecológico quanto pelo seu potencial de gerar desenvolvimento local sustentável”, observou Arenas.
*Com informações da Agência Andina
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