Perseguição de presidente de LGDH, Dr. Bubacar Turé – RDP África

O que incomodou o regime de Guiné-Bissau? denuncia feita por Bubar Turé, presidente da LGDH, ou a própria pessoa e figura de Bubacar que se transformou num incomodo ao regime atual? 

Bubacar tem sido uma voz que dispensa grandes apresentações no que toca a intransigente defesa do Direito Humano na Guiné-Bissau, contudo, para quem realiza trabalho do tipo de Bubacar nos dias em que a Guiné-Bissau vive, caraterizado por estado de polícia, sabe e é consciente dos riscos que daí advém. Aliás, quando foi convidado para uma aula magna na UCGB, respondeu a uma questão colocada, dizendo que tinha a consciência dos riscos e perigos que existem tendo em consideração os modus operandi do regime de USE. 

Situação esta que, como bem e sabemos, não demorou em acontecer. O transbordar da situação foi quando no dia 13/04, num encontro de reposição, Ture chamou atenção para a denúncia que dava conta de que os pacientes que foram submetidos ao tratamento de hemodialise no Hospital Nacional Simão Mendes, teriam morrido todos.  

Após esta denuncia, que em contexto e situações normal, se quisermos, mereceria uma averiguação devido apuramento da denúncia. Enfim, parece-me que o problema é o tempo do verbo… 

Já na noite, melhor, madrugada de dia 14/04, a informação posta a circular, nas primeiras horas, dava a conta de que a casa de Bubacar Ture foi invadida pelos homens armados, que revistaram a sua residência sem terem, no entanto, um mandato que justifica a busca. Não encontraram o Ture e desde então, a sociedade guineense não sabe do paradeiro certo de Bubacar Ture, a liga, através da sua vice- Dra. Claudia Viegas e Advogado e Docente Universitário Dr. Fode Mane, denunciaram e chamaram o sucedido de violação dos Direitos Humanos de Bubacar, e mais, responsabilizam o atual regime por quaisquer eventualidades que possa vir acontecer ao presidente da LGDH. 

Assim, com este episodio, triste episódio, BT passa a constar na lista daqueles que ele muito defendeu- 

Os infortunados pelo regime- com liberdade confiscada, direitos fundamentais violados e sem um estado que rege por Direito para lhe defender. 

Todos sabem a realidade das coisas- 

  1. USE nos habituou a sociedade guineense o tratamento a margem das leis, marginalizou por completo o Estado guineense. 
  1. Amedronta as pessoas e quando precisa e sente a necessidade, agride as pessoas, os exemplos se abundam. 
  1. A desinstitucionalização das entidades estatais transformou o país num permanente estado de exceção, é como se a constituição foi suspensa, e é, desde que USE se ascendeu a condição de presidente da República de Guiné-Bissau. 

Por enquanto, assim vai a Guiné-Bissau- como quer Umaro Sissoco Embalo e os interesses que ele representa. 

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