Pelo menos 75 mortos em violência nos últimos dias no Haiti

Os dados preliminares foram hoje divulgados por Délin Boyer, diretora do departamento central da Polícia Nacional.

 

Dois polícias também estavam entre os mortos, de acordo com as forças de segurança, revelando que cinco membros dos grupos criminosos foram linchados por civis.

Boyer admitiu que “o trabalho não é fácil” e pediu o apoio de todos, especialmente da população civil, ao mesmo tempo que declarou determinação em “derrotar os gangues”.

Segundo o representante do Governo na região, Frédérique Océan, 12 municípios foram afetados por ataques armados de grupos criminosos organizados.

Ao todo, 31.465 pessoas foram forçadas a sair das respetivas casas, das quais 11.135 estão em abrigos temporários e 20.330 em casa de familiares.

Em 2024, a violência no Haiti fez pelo menos 5.626 mortos (mais mil do que no ano anterior), 2.213 feridos e 1.494 sequestrados, segundo dados verificados pela ONU.

No final de março, o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, informou que pelo menos 4.239 pessoas foram mortas e 1.356 ficaram feridas no Haiti entre julho e fevereiro com armas introduzidas ilegalmente do estrangeiro, apesar do embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU.

Esta semana, os Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciaram que vão retirar-se durante três meses de dois centros médicos em Port-au-Prince, capital do país, na sequência da deterioração da situação de segurança no Haiti.

Após este período, os MSF avaliarão “se o contexto de segurança oferece as condições necessárias” para que as suas equipas “regressem”, declarou a organização em comunicado.

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